quinta-feira, 16 de abril de 2009

Zeca só desiste de governo se candidato for Delcídio


Ângela Kempfer e Paulo Fernandes
Marcelo Victor
Zeca desembarcou hoje em Campo Grande, ao lado de Paulo Duarte.
O ex-governador Zeca do PT desembarcou há pouco no aeroporto de Campo Grande, ao lado do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) e do estadual Paulo Duarte (PT).

Ao falar sobre o encontro que teve com o senador Delcídio Amaral (PT), ontem em Brasília, Zeca negou que fechou acordo com o grupo do senador, mas afirmou o interesse em entendimento.

“Isso não é como decreto, que se baixa de uma hora para a outra”, mas considerou “um passo muito importante”, rumo ao entendimento.

O ex-governador confirmou que falou com o senador antes do lançamento da 15ª Festa da Lingüiça de Maracaju, quando Zeca e Delcídio posaram lado a lado para foto, de mãos dadas.

Pela primeira vez, Zeca disse que pode abrir mão da disputa em 2010 contra André Puccinelli (PMDB), desde que o candidato do PT ao governo seja o senador Delcídio.

Ao defender essa idéia, o ex-governador coloca em cheque um dos principais defensores da aliança entre PT e o PMDB no próximo ano, e contradiz o "entendimento" que teria começado na noite de ontem.

Do mesmo vôo vindo de Brasília, desembarcou o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT), outro defensor público da aliança entre petistas e peemedebistas, mas ao contrário do grupo de apoia Zeca, não parou para conversar com os jornalistas no aeroporto.

Sobre outra condição que havia imposto para ser candidato em 2010, Zeca já fala em conciliação sobre o diretório regional do PT.

Até agora ele dizia que só seria candidato na chapa majoritária no próximo ano se também levasse em 2009 a presidência regional do PT.

Hoje, Zeca disse que pode abrir mão do posto, desde que o candidato seja de consenso e represente todos os grupos, ou esteja na disputa eleitoral.

“Não pode ser ninguém que vá disputar cargo eletivo em 2010”, avaliou. Na interpretação dele, um candidato à Assembléia Legislativa, por exemplo, poderia comprometer os planos de candidatura própria do PT, por projetos individuais de aliança.

Questionado sobre a possibilidade de algum prefeito ou ex-prefeito disputar o diretório, Zeca preferiu não dar nomes, mas de partida veta um: Laerte Tetila, de Dourados.

“Ele não representa todo mundo”, resumiu.

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