quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PDT perde bancada e destino de deputados é PP ou PSDB (Fernanda França)

Marcelo Victor



PP ou PSDB devem ser destino do Deputado Ary Rigo

PDT deixará de ter representação na Assembleia Legislativa com a saída confirmada dos deputados Ary Rigo, Onevan de Matos, Coronel Ivan de Almeida e Antônio Braga.

Eles se reuniram ontem com o governador André Puccinelli (PMDB) para discutir o futuro político de cada um. O destino de pelo menos três destes parlamentares é se filiar ao PSDB ou ao PP.

A cúpula tucana já dá como certa a adesão de Ary Rigo ao partido. Entretanto, o deputado também está analisando a possibilidade de se filiar ao PP.

Na verdade, a ida de Rigo para o PSDB não é bem vista pelo governador. Puccinelli não quer reforçar ainda mais a campanha de Reinaldo Azambuja à Câmara dos Deputados em 2010, o que certamente ocorreria com a filiação do parlamentar.

Como tem interesse na eleição de outros companheiros, como Edson Giroto e Tânia Garib, a dobradinha Rigo e Reinaldo Azambuja não seria estrategicamente boa aos olhos do governador.

A sugestão, portanto, feita pelo governador a Rigo, é mesmo o PP.

Após perder o deputado Márcio Fernandes, esta semana, o PSDB também está trabalhando para filiar Onevan de Matos.

Até amanhã os deputados que estão deixando o PDT devem bater o martelo. Por enquanto, estão fazendo as contas e tentando encontrar uma forma de se manter na base de apoio ao governador André Puccinelli e garantir a reeleição.

Sem culpa – O governador André Puccinelli nega estar influenciando diretamente na escolha dos deputados.

Segundo ele, sua função é apenas repassar aos parlamentares as informações que obtém com os partidos.

“Trago estas informações para que, com maior conhecimento, eles possam definir a sua vida. Mas eles é que terão que definir o seu destino. Com minhas informações? Sim.”, comentou, durante a passagem de comando na PM.

O governador também nega que tenha orquestrado o esvaziamento do PDT na Assembléia Legislativa.

“Eu nunca quis esvaziar o PDT. As decisões foram tomadas por eles, pelo comando nacional e estadual. Então se eles se vêem tolhidos da possibilidade de me apoiar, e por conta e risco eles saem do partido que talvez não lhes dê possibilidades, quem fica mais contente com isso?”, questiona.

O fato – Depois de disputas internas acirradas entre os grupos do deputado federal Dagoberto Nogueira e de Ary Rigo, o ministro Carlos Lupi esteve em Mato Grosso do Sul e interveio no processo de escolha do novo comando regional da legenda.

A convenção estadual, que deveria ocorrer dia 3 de outubro, foi anulada. Os deputados estaduais chegaram a viajar para Brasília, para tentar evitar a intervenção, mas não obtiveram sucesso.

Na prática, a Executiva Nacional avocou as responsabilidades administrativas, políticas e jurídicas do partido no Estado e escolheu João Leite Schimidt como seu representante em Mato Grosso do Sul.

Schimidt tentou conciliar os ânimos, mas não conseguiu, já que os deputados sairão em bloco do PDT e o partido ficará sem bancada na Assembléia Legislativa.

Notícias anteriores:

30/09/2009
10:37 - Coronel Ivan deve se filiar ao PSB a pedido de André

29/09/2009
23:57 - PDT deve perder dois deputados, contabiliza Onevan
11:22 - Em reunião com André, pedetistas anunciarão quem sai
10:59 - Bancada do PDT se reúne para decidir quem sai do partido

28/09/2009
10:25 - PDT se reúne amanhã para encontrar “saída pacífica”

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Márcio Fernandes chora ao deixar PSDB e vai para PTdoB

Marcelo Victor
Márcio alega que depois que disse que apoiaria André em 2010 Marisa falou para que ele tratasse de sua desfiliação.

Fernanda Mathias e Fernanda França

O deputado estadual Márcio Fernandes chorou nesta manhã ao anunciar oficialmente sua saída do PSDB. Ele ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa para justificar sua posição.

Ele disse que a decisão “não nasceu agora” e que o processo teve início na inauguração do Trem do Pantanal, em maio último. Segundo ele, desde então começou a se desentender com a senadora Marisa Serrano (PSDB).

De acordo com o parlamentar, a senadora começou a pressioná-lo para que manifestasse se iria apoiar o governador, André Puccinelli (PMDB) nas eleições de 2010 ou se apoiaria ela, caso lançasse candidatura.

Fernandes argumenta que primeiro disse que era cedo para tratar do assunto e depois teria falando que iria “responder com o coração”. “Disse que o meu coração dizia para eu apoiar o André, que é meu líder e padrinho político”, disse Fernandes.

Após esta declaração, segundo Fernandes, a senadora teria reagido dizendo que “desde já pode tratar se sua desfiliação”. O deputado alega que Marisa passou a assediar suas bases eleitorais, por ter interesse em eleger Márcio Monteiro, que é primo da senadora. “Fica claro que a senadora tem que minha permanência no PSDB possa inviabilizar a eleição de seu primo”, avaliou Fernandes.

O deputado afirma que ao sair do PSDB resolveu “não pagar para ver” e chorou ao agradecer o apoio dos deputados tucanos Dione Hashioka, Rinaldo Modesto e principalmente Reinaldo Azambuja, “querido e estimado amigo, companheiro incansável pelas peregrinações no interior do Estado e por quem tenho imensurável consideração”.

Fernandes anunciou que se filiará ao PTdoB e que provavelmente deve assinar a ficha de filiação amanhã. Ele argumentou que é partido novo, constituído por jovens e que tem forte liderança na Capital, citando o vereador Flávio César, líder do prefeito na Câmara.

Lembrou, ainda, que o suplente Tony Ueno, presidente municipal do PTdoB está para entrar na Câmara, com a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que eleva o número de vereadores.

Disse que recebeu convite de vários partidos e conversou com o governador, antes de decidir a filiação, foi apoiado e que espera "ter espaço e liberdade para fazer política".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PSDB tenta ganhar presidente deposto do PDT






A cúpula do PSDB faz uma investida sob os deputados estaduais do PDT que enfrentam divergências internas e ameaçam sair da legenda. As conversas estariam mais adiantadas com Ary Rigo que foi deposto da presidência do partido pela Executiva Nacional da sigla.

Já os outros três Onevan de Matos, Antônio Braga e Ivan de Almeida não esboçaram reação diante da oferta do presidente regional do PSDB, deputado estadual Reinaldo Azambuja.

Os parlamentares se indignaram com a intervenção da Executiva Nacional. A cúpula avocou os poderes do Diretório Regional e nomeou João Leite Schimidt como seu representante. A intervenção atende a um pedido do deputado federal Dagoberto Nogueira que rivalizava com o grupo de Rigo pelo comando do PDT.

Reinaldo e Rigo têm base eleitoral em Maracaju proximidade que contribuiria para a filiação do pedetista. Além disso, uma consulta interna informal teria apontado que o ex-presidente regional do PDT tem boa aceitação entre os tucanos.

O dirigente do PSDB não disputará reeleição à Assembleia no ano que vem, pois quer concorrer a uma vaga na Câmara Federal.

Em 17 de setembro, Reinaldo informou ao Midiamax ter convidado a bancada do PSDB para se filiar. “Abri as portas da legenda. Se eles precisarem podem vir que serão bem recebidos”, mencionou na ocasião.

No PSDB, Rigo que pretende concorrer nas próximas eleições não teria dificuldades em se reeleger.

Entre os quatro deputados do PSDB, dois devem concorrer à reeleição Rinaldo Modesto e Dione Hashioka. Márcio Fernandes está deixando a legenda e deve anunciar seu destino na próxima, terça-feira, dia 29.

No mesmo dia, a bancada do PDT deve se reúne para discutir o assunto. No encontro, eles devem decidir se migram ou não de legenda.

Enquanto a decisão não sai, as especulações em torno da filiação dos parlamentares só aumentam. No fim de semana, fontes do PDT informaram que Rigo e Onevan estariam prontos para de desembarcar no PP.

Mas, o presidente da legenda, deputado federal Antônio Cruz disse ao Midiamax que desconhece tal possibilidade. Afirma que não convidou e nem foi procurado por quem quer que seja do PDT para tratar de filiações.

Ainda hoje, João Leite Schimidt deve procurar Rigo para uma conversa, segundo informação que partiu dele mesmo. “Quem ganha tem que ser generoso”, declarou Schimidt, durante evento em Coxim. O interventor do PDT regional adiantou que vai dizer ao deputado que se ele sair do partido é porque quer, “porque nós queremos que ele fique”, completou.

Nesta manhã, Schimidt não atendeu ao telefone. Já o celular de Rigo foi atendido por alguém de sua confiança que informou que o deputado não se encontrava no local.


Fonte: midiamax.com

domingo, 27 de setembro de 2009

Pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) revela que cerca de 215 mil pessoas deixaram a linha de pobreza e evoluíram para as classes C e D em Mato Grosso do Sul nos últimos cinco anos. O percentual de sul-mato-grossenses nas classes ABC atingiu 63,5% no ano passado, o 9º maior percentual do País. Os dados constam do levantamento denominado “Atlas do Bolso dos Brasileiros”, elaborado pelo economista Marcelo Cortes Néri, da FGV, e divulgado na sexta-feira. No País, entre 2003 e 2008, 19,4 milhões de pessoas atravessaram a zona de pobreza e saíram da classe E, sendo que 8 milhões foram apenas na região Nordeste do País. Em Mato Grosso do Sul, 214.971 pessoas deixaram a zona de pobreza, com renda per capita mensal de R$ 137 por mês. Conforme o atlas, em 2003, 21,41% dos moradores de Mato Grosso do Sul estavam na zona de extrema pobreza. Este percentual caiu 49% nos últimos cinco anos. No ano passado, 10,91% dos 2,265 milhões de habitantes viviam no pobreza no Estado, que é 19º lugar no ranking nacional entre as 27 unidades da federação. Em Campo Grande, 126,8 mil pessoas deixaram a zona de pobreza entre 2003 e 2008. No entanto, este número não é maior porque mil campo-grandenses retornaram à classe de extrema pobreza entre 2007 e 2008. Classe Média – Há cinco anos, 45,81% dos habitantes do Estado estavam nas classes ABC. Este percentual cresceu 33,38% no período, chegando a 63,5% no ano passado. Isto significa que 1,4 milhão de sul-mato-grossenses são de classe média ou alta.Este é o 9º maior percentual do País no ranking liderado por Santa Catarina, onde 83,32% dos moradores pertencem as classes econômicas mais altas. Florianópolis (SC) também lidera o ranking entre as capitais, com 92,6% dos moradores situados na faixa econômica das classes ABC. Em Campo Grande, este percentual ficou em 71,3%, o 12º no País, atrás de Cuiabá (73,66%). Mais ricos – O percentual dos mais ricos, das classes A e B, cresceu 62,12% em cinco anos em Mato Grosso do Sul. No ano passado, 11,77% (266 mil moradores) pertenciam à classe mais rica. Já a classe D, intermediária entre a E e C, teve redução de 17% no Estado. Passou de 30,98% em 2003 para 25,59% no ano passado. Em Campo Grande, 20,7% dos moradores são da classe D. Década – A redução da desigualdade é a principal marca da primeira década do terceiro milênio, conforme avaliação feita por Marcelo Néri. Ele disse que um historiador classificaria a década de 90 como a da estabilidade, a de 80, como a da democratização, e a de 70, como a do crescimento econômico.No entanto, apesar do Brasil ter crescido um terço do percentual registrado nos anos 70, a redução da pobreza é muito maior na década atual. No ranking mundial da desigualdade, o Brasil conseguiu cair da 3ª para a 10ª posição.


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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Rigo diz que Schimidt “é a rainha da Inglaterra” do PDT



Deputado Ary Rigo diz que, na prática, Schimidt terá cargo figurativo até julgamento do pedido de intervenção


Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009 15:12
Paulo Fernandes e Fernanda França
Fernando Dias


O deputado estadual Ary Rigo afirmou, nesta quarta-feira, que o presidente de honra do PDT, João Leite Schimidt - nomeado para representar a Executiva nacional e comandar o partido até o julgamento do pedido de intervenção feito pelo grupo do deputado federal Dagoberto Nogueira, será “uma rainha da Inglaterra”, ou seja, sem poder de decisão.

Rigo também afirmou que a manobra de Dagoberto para tentar conseguir o controle do partido foi um suicídio político, um verdadeiro desastre.

Ele disse que o pedido de intervenção ainda será julgado, no prazo de 10 dias, pelo Conselho de Ética do partido e só então poderá haver realmente uma intervenção, mas que está tranquilo. “Até porque não cometi nenhum pecado”, disse.

Segundo Rigo, o presidente nacional licenciado, ministro Lupi (Trabalho), havia falado em intervenção antes de conhecer toda a história e tomar conhecimento da versão do grupo dele. E agora “não dava mais para recuar” e por isso resolveu tomar uma medida que não pendesse para nenhum dos grupos.

O PDT de Mato Grosso do Sul está dividido entre os dois grupos: o de Dagoberto e o de Ary Rigo. “O dia que o Dagoberto criar juízo e não pensar só nele, podemos nos entender sem problemas”, afirmou o parlamentar estadual.

Com maioria no partido, Rigo descarta qualquer possibilidade de ele e de seus aliados deixarem a legenda.

Rigo afirma que de cada 10 prefeitos pedetistas, nove estão com ele; de cada nove vice-prefeitos, oito são do grupo dele e mais de 80 vereadores apóiam o deputado estadual.

Por trás da disputa está o interesse de Dagoberto de sair candidato a senador na chapa encabeçada pelo ex-governador Zeca do PT.

Por isso mesmo, ele quer antecipar a decisão do partido sobre as coligações.

Rigo quer deixar essa decisão para 2010.

“Se nós ajudamos a eleger o André (Puccinelli, governador), temos o dever de ajudá-lo no governo e ele tem o dever de ajudar os nossos prefeitos e o nosso partido, como tem feito”, afirmou.

Ex-presidente da AL é destituido do comando do PDT de MS

Quarta-feira, dia 23 de Setembro de 2009 às 10:10hs
Clodoaldo Silva

A Executiva Nacional do PDT decidiu na noite de ontem (22/09) pela intervenção no Diretório Estadual da legenda em Mato Grosso do Sul. A decisão foi unânime. Os dirigentes pedetistas afirmaram que a intervenção foi motivada pela urgência do caso.

O atual presidente, o deputado Ary Rigo, ex-presidente da Assembléia Legislativa de MS foi afastado hoje e o comando do partido no Estado ficará sob responsabilidade de João Leite Schimidt, indicado pela direção nacional.

Após a decisão da Executiva, o secretário-geral da Legenda, Manoel Dias, afirmou que: “A Executiva Nacional tomou a deliberação primeiro em função da urgência que o caso exige.

Nós estamos nos prazos finais para a filiação partidária daqueles que pretendem disputar as eleições do ano que vem e com o agravamento da situação do Estado de Mato Grosso do Sul, a executiva teve de fazer, é o seu dever, uma intervenção política”

Por causa das questões legais, o Diretório Nacional ‘de oficio’, ressaltou Dias, “avocou para a Executiva Nacional o comando partidário do PDT em Mato Grosso do Sul e vai designar um de seus membros – do partido - para desempenhar a missão, comandar a legenda, no vácuo que fica até a proposta e a consumação do processo. Com a decisão do Nacional de avocar, acabou a direção estadual do partido. As decisões políticas e administrativas do partido, lá, passam a ser dirigidas pela Direção Nacional”.

Em nota, a Executiva divulgou que anunciado um comunicado no meio da reunião. “Enquanto o processo tramita, o Diretório Nacional avoca as funções jurídicas e administrativas do Diretório Regional de Mato Grosso do Sul”, confirmando a nomeação de Schimidt e enfatizando que “o Tribunal Regional será comunicado dessa decisão nas próximas 48 horas”.

Para o deputado Dagoberto, a decisão é a vitória do bem sobre o mal. “Na realidade, os ideiais do partido foram assegurados. Esta é a oportunidade dos oportunistas deixarem o partido”, destacou Dagoberto. Os onze integrantes da Executiva Nacional que estavam na reunião votaram a favor.

Sobre novas eleições, Dias enfatizou que “Legalmente, avocando e designando esta pessoa – do partido -, aí vamos tomar as medidas legais, instalação e notificação para que se cumpra os prazos estabelecidos no estatuto do partido e no Código Civil”

Para Dias, a intervenção foi adotada em virtude de prazos legais, uma vez que não havia consenso. “A decisão foi encontrar uma saída política. O problema legal às vezes esbarra no prazo político. O partido ao tomar esta decisão assumiu o comando e fortaleceu, no caso especial, o deputado Dagoberto, que é hoje nosso líder na Câmara dos Deputados, é uma decisão política. Obedecidos os trâmites legais, fica demarcado que o partido, a partir desta decisão, toma uma posição de procurar acabar com os atritos em Mato Grosso do Sul e fortalecer o líder na Câmara dos Deputados”.

Eleições 2010

Em relação as eleições do próximo ano, Dias enfatizou que: “O partido ainda não tem decisão em relação ao ano que vem. Primeiro, estamos no Governo (federal) e até seria natural uma aliança com o Governo, mas a decisão depende da Convenção Nacional. Politicamente hoje, o partido não tem nenhuma posição. Nós vamos, no tempo hábil, decidir esta questão”, enfatizando que: “os estados não estão sujeitos aos que o partido venha decidir nacionalmente. Hoje não existe mais o princípio da verticalização, então os estados vão encaminhar suas alianças na medida que interessarem, priorizando a eleição para o Congresso Nacional, senadores e deputados federais. Acredito que esta será a linha. Nas demais alianças, vamos discutir no tempo hábil”.

domingo, 20 de setembro de 2009

Mato Grosso do Sul: Uma visão geral




Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Estado de Mato Grosso do Sul
Bandeira de MS
Brasão de Armas de MS
(Bandeira) (Brasão)
Hino: Hino do estado de Mato Grosso do Sul
Gentílico: sul-mato-grossense, mato-grossense-do-sul ou guaicuru

Localização de Mato Grosso do Sul

Localização
- Região Centro-Oeste
- Estados limítrofes Bolívia (NO), Paraguai (OS), GO (NE), MG (L), MT (N), PR (S) e SP (SE)
- Mesorregiões 4
- Microrregiões 11
- Municípios 78
Capital Campo Grande
Governo 2007 a 2011
- Governador(a) André Puccinelli (PMDB)
- Vice-governador(a) Murilo Zauith (DEM)
- Deputados federais 8
- Deputados estaduais 24
- Senadores
Delcídio Amaral (PT)
Marisa Serrano (PSDB)
Valter Pereira (PMDB)
Área
- Total 358.124,962 km² (6º)
População 2009
- Estimativa 2.360.498 hab. (21º)
- Censo 2000 2.078.001
- Densidade 6,52 hab./km² (20º)
Economia 2006
- PIB R$24.355.395.000,00 (17º)
- PIB per capita R$10.599,00 (11º)
Indicadores 2000
- IDH 0,802 (2005) [1] (8º) – elevado
- Esper. de vida 73,5 anos (6º)
- Mort. infantil 18,5/mil nasc. (5º)
- Analfabetismo 9% (10º)
Fuso horário UTC-4
Clima Subtropical, tropical de altitude e tropical Cfa, Cwa, Aw
Sigla BR-MS
Site governamental www.ms.gov.br

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Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado ao sul da região Centro-Oeste e sua capital é a cidade de Campo Grande.

Linguisticamente, o nome Mato Grosso do Sul se faz acompanhar por artigo definido, como acontece com nomes geográficos derivados de termos genéricos: "o Mato Grosso do Sul", "o Rio de Janeiro", "o Espírito Santo". Entretanto, este uso é contestado e há quem prefira eliminar o artigo definido: "em Mato Grosso". O mesmo vale para o Estado do Mato Grosso.

Tem como bebida típica o tereré (semelhante ao chimarrão, porém frio), tomado nos encontros entre amigos e familiares, sendo também considerado o estado-símbolo dessa bebida e maior produtor de erva-mate da região Centro-Oeste do Brasil. O uso desta bebida, derivada da erva-mate (Ilex Paraquariensis), nativa na região sul da América do Sul, é de origem pré-colombiana. O Aqüífero Guarani banha parte do estado,[2] sendo o Mato Grosso do Sul detentor da maior porcentagem do Aqüífero dentro do território brasileiro. O estado constituía a parte meridional do estado do Mato Grosso, do qual foi desmembrado por lei complementar de 11 de outubro de 1977 e instalado em 1 de janeiro de 1979, porém a história e a colonização da região, onde hoje está a unidade federativa, é bastante antiga remontando ao período colonial antes do Tratado de Madri, em 1750, quando passou a integrar a coroa portuguesa. Durante o século XVII, foram instaladas duas reduções jesuíticas, Santo Inácio de Caaguaçu e Santa Maria da Fe do Taré, entre os índios Guarani na região, então conhecida como Itatim. Uma parte do antigo estado estava localizado dentro da Amazônia legal, cuja área, que antes ia até o paralelo 16, estendeu-se mais para o sul, a fim de beneficiar com seus incentivos fiscais a nova unidade da federação. Historicamente vinculado à região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul teve na pecuária, na extração vegetal e mineral e na agricultura, as bases de um acelerado desenvolvimento iniciado no século XIX.
Índice
[esconder]

* 1 História
* 2 Geografia
o 2.1 Localização e território
o 2.2 Relevo
o 2.3 Clima
o 2.4 Hidrografia
o 2.5 Vegetação
* 3 Demografia
o 3.1 População
o 3.2 Etnias
o 3.3 Migração
o 3.4 Imigração
o 3.5 Cidades
+ 3.5.1 Regiões de influência das cidades de MS
* 4 Política
* 5 Economia
o 5.1 Setor primário
o 5.2 Setor secundário
o 5.3 Setor terciário
* 6 Infra-estrutura
o 6.1 Educação
+ 6.1.1 Universidades
o 6.2 Energia
o 6.3 Transporte
+ 6.3.1 Ferrovias
* 7 Cultura
o 7.1 Pontos turísticos
o 7.2 Pesquisa
o 7.3 Esporte
* 8 Filhos ilustres
* 9 Ver também
* 10 Referências
* 11 Ligações externas

História

Ver artigos principais: História de Mato Grosso do Sul e Guerra do Paraguai.

As idéias separatistas de Mato Grosso do Sul tiveram início no começo do século XX, com uma revolta chefiada pelo coronel Mascarenhas, que resultou na derrota dos rebeldes. O norte sempre resistiu, por temer o esvaziamento econômico do Estado. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, a região sul aderiu ao movimento, sob a condição de que em caso de vitória obteria a divisão. Em 11 de outubro de 1977, Mato Grosso do Sul foi finalmente desmembrado, transformando-se em Estado no 1.º de janeiro de 1979, com a posse do primeiro governador, o engenheiro gaúcho Harry Amorim Costa, e da Assembléia Constituinte. A primeira eleição só ocorreu em 1982. Para justificar o desmembramento, o governo federal argumentou que o antigo Estado dispunha de área muito extensa, que dificultava a administração, além de apresentar claras diferenças ecológicas.

O maior evento histórico que ocorreu nas terras do atual estado foi a Guerra do Paraguai, nas quais os exércitos Brasileiro, Argentino e Uruguaio combateram juntos os Paraguaios, esse combate praticamente destruiu o Paraguai, potência econômica durante o período da guerra (Séc XIX).
[editar] Geografia

Ver artigo principal: Geografia de Mato Grosso do Sul

Localização e território

O estado de Mato Grosso do Sul está localizado no sul da região Centro-Oeste do Brasil e tem como limites Goiás ao nordeste, Minas Gerais ao leste, Mato Grosso ao norte, Paraná ao sul, São Paulo ao sudeste, Paraguai ao oeste e sul e a Bolívia ao noroeste.

Ocupa uma superfície de 358.159 km², participando com 22,2% da superfície da região Centro-Oeste e 4,2% da área territorial brasileira (de 8.514.876,6 km²), sendo ligeiramente maior que a Alemanha. Possui ainda 78 municípios, 165 distritos, quatro mesorregiões geográficas e onze microrregiões geográficas, de acordo com o IBGE.
[editar] Relevo
Pantanal, o maior ecossistema do estado.

O arcabouço geológico do Mato Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas distintas: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia sedimentar do Paraná. Sobre essas unidades, visualizam-se dois conjuntos estruturais. O primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em terrenos pré-cambrianos, e o segundo, em terrenos fanerozóicos, na bacia sedimentar do Paraná.

Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações montanhosas, as serras da Bodoquena e de Maracaju, que formam os divisores de águas das bacias do Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do estado ficam entre 200 e 600 metros.

O planalto da bacia do Paraná ocupa toda a porção leste do estado. Constitui uma projeção do planalto Meridional, grande unidade de relevo que domina a região sul do país. Apresenta extensas superfícies planas, com 400 a mil metros de altitude. Já a baixada do rio Paraguai, domina a região oeste, com rupturas de declives ou relevos residuais, representados por escarpas e morrarias.

Estendendo-se por uma vasta área de noroeste do estado, a baixada do rio Paraguai é parte da grande depressão que separa, no centro do continente, o planalto Brasileiro, a leste, da Cordilheira dos Andes, a oeste. Sua maior porção é formada por uma planície aluvial sujeita a inundações periódicas, a planície do Pantanal, cujas altitudes oscilam entre 100 e 200m. Em meio à planície do Pantanal ocorrem alguns maciços isolados, como o de Urucum, com 1.160m de altitude, próximo à cidade de Corumbá.

Clima

Na maior parte do território do estado predomina o clima do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias termométricas que variam entre 25°C na baixada do Paraguai e 20°C no planalto. A pluviosidade é de aproximadamente 1.500mm anuais. No extremo meridional ocorre o clima subtropical, em virtude de uma latitude um pouco mais elevada e do relevo de planalto. A média térmica é pouco superior a 20°C, com queda de até 0°C nos meses mais frios do ano. A menor temperatura já registrada no estado ocorreu em Ponta Porã, com -6°C em 1975 e ocorrência de neve[carece de fontes?]. As geadas são comuns no sul do estado registrando em média 3 ocorrências do fenômeno por ano. Observa-se o mesmo regime de chuvas de verão e inverno seco, e a pluviosidade anual é, também, de 1.500mm.

No estado, percebe-se grande variação de temperaturas, sendo registradas pelo menos uma vez ao ano temperaturas máximas próximas de 40°C e mínimas próximas à 0°C.
[editar] Hidrografia

Anexo:Lista de rios de Mato Grosso do Sul

Vista aérea do Rio Paranaíba na divisa de Itumbiara (GO) e Araporã (MG).

O território estadual é drenado a leste pelos sistemas dos rios Paraná, sendo seus principais afluentes os rios Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema; a oeste é drenado pelo Paraguai, cujos principais afluentes são os rios Taquari, Aquidauana e Miranda. Pelo Rio Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e terrenos periféricos. Na baixada, produzem-se anualmente inundações de longa duração.

De novembro a março, o Pantanal vive o período das cheias, as depressões são inundadas, formando extensos lagos, reconhecidos como Baías. Alguns desses lagos são alcalinos, apresentando diferentes cores e suas águas, de acordo com as algas que ali se desenvolvem e criam matizes de verde, amarelo, azul, vermelho ou preto. Esses lagos também se interligam ou não por pequenos rios perenes ou periódicos. Nas enchentes ocorre uma interligação entre rios, braços, baías na vazante, a terra enriquecida pelo húmus, se transforma na mais rica fonte de alimentos para sua flora e fauna. Na estação da vazante (de abril a outubro), os rios começam a baixar seus leitos, formando "corixos" ou baías que retém grande quantidade de peixes, fenômeno conhecido pelo nome de "lufada". De julho a setembro a terra é mais seca e a temperatura é amena, chegando a esfriar à noite. No início das chuvas, de outubro a dezembro, o calor é intenso, os rios começam a inundar as terras baixas, os mosquitos proliferam e os mamíferos migram para as terras altas.

A linha de divisa com o estado de Mato Grosso segue limites naturais formados por vários rios.

Vegetação

Complexo do Pantanal

Os cerrados recobrem a maior parte do estado.

Na planície do Pantanal, no oeste do estado, durante o período de cheias do Rio Paraguai, a região vira a maior região alagadiça do planeta, lá se combinam vegetações de todo o Brasil, até mesmo da Caatinga e da Floresta Amazônica, e é um dos biomas com maior biodiversidade do Brasil.
Demografia

Demografia de Mato Grosso do Sul

População
Crescimento populacional
1940 238.640
1950 309.395
1960 579.652
1970 980.560
1980 1.369.769
1991 1.780.373
1996 1.927.834
2000 2.078.001
2008 2.336.058
2009 2.360.498

A população de Mato Grosso do Sul tem crescido a altos níveis desde a década de 1870, quando o estado passou a ser efetivamente povoado. Entre a década de 1940 e o ano de 2008, a população aumentou quase dez vezes, ao passo em que a população do Brasil, no mesmo período, aumentou pouco mais que quatro vezes. Isso, no entanto, não se dá devido a uma alta taxa de natalidade no estado, mas à grande quantidade de migrantes de outros estados ou imigrantes em Mato Grosso do Sul. Segundo o IBGE, no ano de 2005, 30,2% da população residente no estado não era natural daquela unidade da federação,[3] ao passo em que a taxa de fecundidade no estado no ano 2000 era a décima menor do Brasil, com 2,4 filhos por mulher.[4]
Etnias
Cor/Raça (*)[5] Porcentagem (IBGE/2007)
Brancos 51,1%
Pretos 5,3%
Pardos 41,8 %
Amarelos ou indígenas 1,7 %

As migrações de contingentes oriundos dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo e imigrações de países como Alemanha, Espanha, Itália, Japão, Paraguai, Portugal, Síria e Líbano foram fundamentais para o povoamento de Mato Grosso do Sul e marcaram a fisionomia da região. O estado é, ainda, o segundo do Brasil em número de habitantes ameríndios, de várias etnias, entre elas, Atikum, Guarany [Kaiwá e Nhandéwa], Guató, Kadiwéu, Kamba, Kinikinawa, Ofaié, Terena, Xiquitano (FUNAI, 2008).

O grande número de descendentes de ameríndios e de imigrantes paraguaios, que em sua maioria têm como ancestrais os índios guaranis, são dois fatores que contribuem para a alta porcentagem dos chamados "pardos" na população do estado de Mato Grosso do Sul. Já a ascendência afro-brasileira desse grupo étnico não é tão numerosa quanto a indígena. A população indígena do estado totaliza em 2008 53.900 pessoas, segundo o IBGE.

Apesar disso, o sul mato-grossense serviu de refúgio para vários negros fugidos durante o período da escravidão e referências a esta região estão presentes em canções folclóricas, como as utilizadas em práticas de capoeira. A canção Paranauê (Paranauê, Paranauê, Paraná…), por exemplo, alude à liberdade que os escravos encontrariam para além do Rio Paraná, no atual território de Mato Grosso do Sul, onde não seriam caçados por feitores ou bandeirantes. Há, no entanto, uma interpretação desta canção como fazendo referência ao estado do Paraná, o que é uma leitura errônea uma vez que o estado do Paraná somente foi criado em 1853, sendo a canção muito mais antiga – a capoeira em si data de antes de 1770. Portanto, o Paraná da letra é o Rio Paraná, e não o estado, que recebeu seu nome devido ao rio. Outra prova disso é o fato de que o estado de Mato Grosso do Sul também possui uma das maiores quantidades de comunidades quilombolas no Brasil.[6]

Esta era a área mais povoada do antigo estado do Mato Grosso, com uma densidade demográfica bastante alta no planalto da bacia do rio Paraná, onde ocorrem solos de terra roxa com topografia regular. Ao ser constituído, no final da década de 1970, Mato Grosso do Sul contava com uma densidade média de 3,9 habitantes por quilômetro quadrado - alguns municípios chegavam a ter mais de cinqüenta habitantes por quilômetro quadrado-, em contraste com o norte, atual Mato Grosso, de menor densidade.

Migração

Durante seus quase quinhentos anos de história espanhola, portuguesa e brasileira, a chegada de migrantes, colonizadores e conquistadores foi constante. Desde que o primeiro colonizador europeu, Aleixo Garcia, que teria pisado em seu território em 1524, ao percorrer a trilha do Peabiru, o estado de Mato Grosso do Sul recebeu migrantes de diversas partes do Brasil nas diferentes fases de sua ocupação.

Migração paulista

Desde o início do século XVII, paulistas eventualmente se estabeleceram na região, a partir das primeiras expedições bandeirantes. O fluxo de migrantes paulistas, no entanto, tornou-se contínuo a partir das últimas décadas do século XVIII, quando da ocupação do oeste, nordeste e centro do estado. Durante o século XX, os paulistas também se fizeram presentes como colonos das companhias colonizadoras e operários dos fundadores das cidades do leste e sudeste sul mato-grossenses. O influxo de paulistas no estado permanece ininterrupto século XXI adentro[carece de fontes?].

Migração gaúcha

O início da migração gaúcha deu-se juntamente ao começo do fluxo contínuo de migrantes paulistas no final do século XVIII, quando mais cidades passaram a ser fundadas no sul matogrossense. Esta chegada de gaúchos deu-se, ainda como os paulistas, de maneira constante durante o século XIX e início do século XX. Na década de 1970, no entanto, uma segunda onda de migrantes gaúchos estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul, seguindo padrões de colonização notadamente diferentes da primeira. Juntamente com paranaenses, estes gaúchos procuravam se dedicar à cultura mecanizada da soja na região centro-sul do estado.[7]

Migração mineira

Foi com as expedições realizadas no final da década de 1820 pelo Barão de Antonieta que uma maior quantidade de mineiros passou a adotar o sul mato-grossense como seu novo lar, sobretudo com o advento das frentes colonizadoras dos Garcia Leal e dos Lopes, no nordeste e centro do estado. Tal processo continuou durante o século XX e, assim como a migração paulista, a migração mineira continua sendo um fator constante em Mato Grosso do Sul no século XXI.

Migração paranaense

Diferentemente dos casos das migrações paulista e mineira, a chegada de migrantes paranaenses às terras sul-matogrossenses deu-se em dois momentos históricos mais isolados. Uma grande onda de paranaenses chegou ao estado durante a década de 1940, com a Marcha para o Oeste promovida por Getúlio Vargas e as companhias de colonização, estabelecendo-se nas regiões central e sul do estado, na Colônia de Dourados. A segunda parcela desses migrantes estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul nas décadas de 1970 e 1980, à procura de terras onde pudessem se dedicar à produção mecanizada de cereais, sobretudo a soja, na mesma região que a anterior.[7]

Migração nordestina

A migração nordestina no estado de Mato Grosso do Sul intensificou-se a partir de 1890, uma vez que as frentes colonizadoras mais antigas já se encontravam estabelecidas. Embora tenha permanecido contínua até a década de 1930, no entanto, este fluxo de nordestinos para o sul matogrossense pode ser diferenciado de uma segunda onda de migrantes, que atingiu a região durante a Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas. Enquanto o primeiro grupo se distribuiu em diferentes áreas do estado, o segundo concentrou-se no centro e sul do mesmo.

Imigração

Visando a substituição da mão-de-obra escrava por trabalhadores livres no Brasil, o Governo Imperial passou, a partir da segunda metade do século XIX, a promover mais ativamente a imigração, principalmente européia, para solos tupiniquins. Desta época até o nacionalismo do Estado Novo, que dificultou a imigração, o Brasil recebeu milhões de imigrantes, não só europeus. O sul matogrossense não foi exceção.

A partir de 1890, o estado de Mato Grosso – notadamente o sul matogrossense – apresentou uma população de estrangeiros crescente, superior a 6% da população total, até 1920, quando o número decaiu para entre 5 e 3% da população em 1970 [8]. De qualquer maneira, no período entre 1872 e 1970, o Mato Grosso e o sul matogrossense tiveram continuadamente uma população estrangeira acima da média nacional, caso este que somente se repetiu com quatro outros estados e a cidade do Rio de Janeiro. Entre 1920 e 1970, mais de 50% dos estrangeiros que habitavam o Mato Grosso eram paraguaios. Outros 13% eram naturais da Bolívia.

Imigração germânica, austríaca, e de europeus do leste

Na década de 1920, a Europa ainda sofria as conseqüências da Primeira Guerra Mundial. Fazendo uso das dificuldades econômicas daquela região, principalmente dos países vizinhos à Alemanha, foram várias as empresas que se dedicaram a promover, mediante pagamento, a emigração para países como Estados Unidos e Brasil.

A Companhia de Colonização Alemã Hacker foi uma dessas que possibilitou a vinda de imigrantes alemães, búlgaros, poloneses, russos, austríacos e romenos para o Brasil, mais especificamente para o sul matogrossense, a lugares como a Colônia de Terenos, novo núcleo agrícola próximo a Campo Grande. Devido a vários problemas, no entanto, mesmo com a ajuda da Prefeitura de Campo Grande, essa colônia fracassou e muitos dos colonizadores partiram de volta à Europa ou para o sul do Brasil.

De qualquer maneira, no ano de 1960, o censo do IBGE registrou 232 alemães em Mato Grosso. A maioria deles se encontrava no sul matogrossense, pois, após a divisão do estado, em 1980, era 176 o número de alemães no Mato Grosso do Sul segundo o IBGE.

Imigração espanhola

Refletindo o fato de que no Brasil os espanhóis são a terceira etnia de imigrantes europeus mais numerosa, em Mato Grosso do Sul a porcentagem de seus descendentes é comparável àquela do restante do país. Além de ter recebido imigrantes diretamente da Espanha, o estado ainda abrigou imigrantes desiludidos com a situação em estados como São Paulo. O mesmo aconteceu com italianos e japoneses, que muitas vezes passaram por outros estados, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste, antes de se estabelecerem no sul matogrossense.

Imigração italiana

Embora o sul matogrossense tenha recebido imigrantes italianos, a maior parte dos ítalo-sulmatogrossenses descende de imigrantes que inicialmente tiveram passagem por estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Isso se deveu à falta de oportunidades nesses estados, principalmente no sul do Brasil, o que fez com que milhares de sulistas migrassem para a região Centro-Oeste, em especial para o Mato Grosso do Sul. Entre esses migrantes, figuravam milhares de ítalo-brasileiros. A população italiana e ítalo-descendente no estado de Mato Grosso do Sul hoje representa cerca de 5% da população.[9]

Imigração japonesa

Monumento à imigração japonesa, em Campo Grande

A porcentagem japoneses e descendentes no estado de Mato Grosso do Sul é relativamente alta. No dia 18 de junho de 1908, o navio Kassato Maru chegou ao porto de Santos, trazendo 781 imigrantes. Desses, 26 famílias viriam para o sul matogrossense, atraídos por suas terras férteis, pouco exploradas, e seu clima agradável.

A necessidade de mão-de-obra para a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, com muito boa remuneração para a época, também trouxe imigrantes desiludidos com as fazendas de café de São Paulo e Minas Gerais. Em 1909, um grupo de 75 imigrantes - a maioria de natural de Okinawa - partiu de Santos em um cargueiro fretado pela construtora da ferrovia e vieram pelo estuário do Rio da Prata, até Porto Esperança, na base das obras da ferrovia, já em Mato Grosso. Outros, ainda, vieram pelo Peru.

Devido às dificuldades encontradas na construção da ferrovia, como doenças e ataques indígenas, muitos imigrantes japoneses desistiram do trabalho e se concentraram em cidades como Campo Grande e Três Lagoas, onde se dedicaram à produção de hortifrutigranjeiros, seda e ao setor de serviços. Seu sucesso trouxe outros imigrantes japoneses para a região.

Imigração paraguaia

Os paraguaios são o maior grupo étnico estrangeiro em Mato Grosso do Sul, tendo se estabelecido na região desde a demarcação da fronteira entre o estado e aquele país. Constituíram, por exemplo, a grande parte da mão-de-obra da Companhia Mate Laranjeira.

Sua influência cultural é notável, seja pelo consumo de erva-mate, em forma de tereré, seja pelas polcas paraguaias, guarânias e chamamés, ou seja pelas chipas. Foi após uma receita caseira paraguaia que se criou o Hospital Adventista do Pênfigo, hoje referência no tratamento do "fogo selvagem", ou pênfigo.

Imigração portuguesa

Como é o caso do Brasil, Mato Grosso do Sul tem, desde seus primórdios, recebido imigrantes espanhóis e portugueses, além da numerosa população nativa: Guarani, Terena, Guató, Kadiwéu e Kinikinau. No século XX, uma grande onda migratória se deu entre 1929 e 1961, tendo sido portugueses, por exemplo, os construtores da primeira estrutura de concreto armado do então Mato Grosso, a "Ponte Velha", de Coxim. No ano de 2003, a colônia portuguesa em Mato Grosso do Sul possuía aproximadamente dois mil e quinhentos integrantes.[10]

Imigração sírio-libanesa

Cerca de 5% da população sul-matogrossense é composta de árabes ou árabe-descendentes, porcentagem alta em comparação a outras regiões do Brasil. [11]

A partir de 1912, fugindo de conflitos no Oriente Médio, sírios, libaneses, turcos e armênios passaram a chegar ao porto de Santos. Dessa cidade, partiram para o porto de Corumbá, o portal de entrada para o Centro-Oeste e o pólo comercial de Mato Grosso. De lá, dispersaram-se para outras cidades do estado. Muitos outros também chegaram através Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a qual ajudaram a construir. Mesmo antes de terminada a construção da estrada de ferro, no entanto, já passavam a se dedicar ao comércio, sua principal atividade. [12]
Migração para MS (est. 2000)
Região/estado Nº de migrantes masculinos Nº de migrantes femininos Total geral
Nordeste 57.519 51.278 108.797
Norte 3.705 4.680 8.385
Sudeste 129.781 126.479 256.260
Sul 82.343 81.669 164.012
Mato Grosso 11.167 12.837 24.004
Goiás 5.821 6.012 11.833
Distrito Federal 596 563 1.159
Exterior 87.722 36.744 124.466

Cidades
Três Lagoas.
Campo Grande
Corumbá, localizada ás margens do rio Paraguai
Dourados

Entre as cidades que compõem o Estado, destacam-se as cidades de maior população. Relação e informações das que tem mais de 25 mil habitantes (IBGE 2009) em ordem decrescente:

* Campo Grande (população de 755.107 habitantes; PIB (IBGE-2006) de R$ 7.839.567.000; área total de 8.118,4 km² e 154,4548 km² de área urbana): capital e maior cidade sul-mato-grossense, se localiza no centro geodésico de MS, entre o planalto da Serra de Maracaju e o Rio Aquidauana. Tem posição estratégica, sendo passagem quase obrigatória para o Paraguai, Bolívia e o turismo no Pantanal e Bonito. A cidade é conhecida pelo seu planejamento, museus, centros culturais, parques, bibliotecas, entre outros. Antes do desmembramento, Campo Grande já era considerada a maior cidade do estado de Mato Grosso. Após a divisão, continua sendo a maior cidade de Mato Grosso do Sul.
* Dourados (população de 189.762 habitantes; PIB de R$ 1.930.401.000; área total de 4.096,9 km² e 40,6800 km² de área urbana): é a maior cidade do interior do estado e a segunda depois da capital, é conhecida por ser um importante centro comercial, industrial e agropecuário do estado, além de referência no ensino superior. possui a sede de duas Universidades públicas (UEMS e UFGD) além de duas privadas (UNIGRAN, ANHANGUERA).;
* Corumbá (população de 99.467 habitantes; PIB de R$ 1.973.945.000; área total de 65.165,8 km² e 21,5777 km² de área urbana): ás margens do rio Paraguai, é conurbada com Ladário e mais três cidades do lado boliviano (Puerto Suarez, Puerto Quijarro e Puerto Aguirre), que são procuradas por seu artesanato em cerâmica, couro, lã, prata e tapeçaria, além de eletrônicos e eletrodomésticos. Importante centro cultural e de eventos de Mato Grosso do Sul, possui vários centros culturais e de exposições, museus e bibliotecas, além de sediar o Festival América do Sul, maior evento multicultural do continente. Em pleno Pantanal, além de ser centro de apoio dentro da região, a cidade oferece vôos panorâmicos sobre a região e safáris fotográficos;
* Três Lagoas (população de 89.493 habitantes; PIB de R$ 1.167.816.000; área total de 10.235,8 km² e 18,4870 km² de área urbana): situada a extremo leste de MS, é conhecida pelo turismo no rio Paraná e hidrelétrica de Jupiá, dentro de poucos anos poderá ser o maior centro industrial de MS;
* Ponta Porã (população de 75.941 habitantes; PIB de R$ 504.810.000; área total de 5.359,3 km² e 13,7151 km² de área urbana): situada no cone-sul do estado, também atrai muitos visitantes por ser centro de livre comércio;
* Aquidauana (população de 46.515 habitantes; PIB de R$ 319.029.000; área total de 17.008,5 km² e 8,6344 km² de área urbana): está localizada na entrada do Pantanal e entre fevereiro e outubro a pesca é permitida e cada espaço à beira do rio passa a ser disputado pelos que querem pescar seu peixe;
* Nova Andradina (população de 45.916 habitantes; PIB de R$ 550.716.000; área total de 4.788,2 km² e 7,6635 km² de área urbana): está situada no sudeste de MS, é fortemente dependente da agropecuária, sendo também um importante pólo de criação e abate de bovinos do Brasil;
* Naviraí (população de 45.627 habitantes; PIB de R$ 488.043.000; área total de 3.172,9 km² e 7,3800 km² área urbana): está situada no cone-sul de MS, sendo um importante centro regional pelo comércio e serviços que oferece.
* Sidrolândia (população de 41.261 habitantes; PIB de R$ 389.972.000; área total de 5.300,9 km² e 4,2061 km² de área urbana): está situada próximo a Campo Grande, sendo um importante centro agropecuário. Sidrolândia encontra-se nos campos da Vacaria do Planalto da Serra de Maracajú, seu solo é levemente ondulado e constituído de terras rochas, resultado da decomposição de rochas vulcânicas.
* Paranaíba (população de 40.259 habitantes; PIB de R$ 341.250.000; área total de 5.423,6 km² e 7,7400 km² de área urbana): localiza-se estrategicamente numa região de integração das economias do Brasil (Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais) e se situa também no entroncamento de três macro-eixos de desenvolvimento econômico estadual (ao lado do eixo aquaviário do rio Paraná; eixo da Ferronorte e eixo do Gasoduto Bolívia-Brasil). É o portal do nordeste de Mato Grosso do Sul e famosa pela ponte metálica.
* Amambai (população de 34.986 habitantes; PIB de R$ 256.580.000; área total de 4.212,3 km² e 7,2900 km² de área urbana): o município está localizado na região sul do Estado de Mato Grosso do Sul, numa região de relevo levemente ondulado, predominando os Campos de Vacaria e Mata de Dourados. Situada a poucos quilômetros da fronteira com o Paraguai, depende da agropecuária
* Coxim (população de 32.933 habitantes; PIB de R$ 297.141.000; área total de 6.430,7 km² e 7,0558 km² de área urbana): principal e mais importante cidade do norte de Mato Grosso do Sul, é conhecido nacionalmente como capital do peixe e terra do pé de cedro. Antigo domínio dos índios Caiapós, é muito procurada pelos que praticam canoagem nas corredeiras do rio Taquari ou que pretendem ver o espetáculo da piracema, de novembro a janeiro;
* Maracaju (população de 32.492 habitantes; PIB de R$ 494.433.000; área total de 5.312,9 km² e 5,5195 km² de área urbana): situada no centro-sul de MS, possui um dos maiores PIBs do estado. A única cidade no estado com seu perímetro urbano totalmente asfaltado. É conhecida como a Capital da lingüiça onde, todo ano, é realizada a Festa da Linguiça tradicional de Maracaju.
* Rio Brilhante (população de 27.903 habitantes; PIB de R$ 408.443.000; área total de 3.998,1 km² e 4,4070 km² de área urbana): fica entre Campo Grande e Dourados, as duas maiores cidades de Mato Grosso do Sul

(*) Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de auto-declaração).
Regiões de influência das cidades de MS

Em Mato Grosso do Sul, há 19 centros municipais com poder de influência sobre os outros 59 municípios. Esses 19 municípios se dividem em capitais regionais (2) e centros de zona (17). O restante dos municípios são chamados de centros locais. Esses centros concentam mais da metade da população e do PIB de MS]]).[13]

* Capital regional – integram este nível em MS 2 centros que, como as metrópoles, também se relacionam com o estrato superior da rede urbana. Com capacidade de gestão no nível imediatamente inferior ao das metrópoles, têm área de influência de âmbito regional, sendo referidas como destino, para um conjunto de atividades, por grande número de municípios. Os grupos das Capitais regionais são os seguintes:
* Capital regional A – constituído por 1 cidade (Campo Grande), com 750 mil habitantes e 25 relacionamentos diretos;
* Capital regional C – constituído por 1 cidade (Dourados), com 190 mil habitantes e 15 relacionamentos diretos.
* Centro de zona – nível formado por 17 cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; exercem funções de gestão elementares. Subdivide-se em:
* Centro de zona A – 7 cidades (Corumbá, Aquidauana, Nova Andradina, Três Lagoas, Mundo Novo, Naviraí, Ponta Porã), com medianas de 45 mil habitantes e 3 relacionamentos diretos.
* Centro de zona B – 10 cidades (Bataguassu, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Coxim, Jardim, Miranda, Paranaíba, Amambai, Bela Vista), com medianas de 30 mil habitantes e 2 relacionamentos diretos.
* Centro local – as demais 59 cidades de MS cuja centralidade e atuação não extrapolam os limites do seu município, servindo apenas aos seus habitantes, têm população média de 20 mil habitantes.

[editar] Política

O poder político em Mato Grosso do Sul é representado pelo governador, vice-governador e secretários estaduais. Para o governador criar alguma lei, é preciso a aprovação do Poder Legislativo, sendo este composto pela Assembléia Legislativa (AL). A gestão do governador torna-se mais fácil quando recebe apoio dos deputados estaduais. O atual governador de Mato Grosso do Sul é André Puccinelli e a AL estadual possui 24 deputados estaduais.

A sede do governo do estado fica dentro do Parque dos Poderes, em Campo Grande.

Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul
Lista de governadores de Mato Grosso do Sul
Lista de políticos federais de Mato Grosso do Sul
Lista de políticos municipais de Mato Grosso do Sul por cidade

Economia

Economia de Mato Grosso do Sul

A região onde Mato Grosso do Sul está localizado contribui muito para o seu desenvolvimento econômico, pois é vizinho dos grandes centros produtores e consumidores do brasil: Minas Gerais, São Paulo e Paraná, além de fazer fronteira com dois países sul-americanos (Bolívia e Paraguai), uma vez que se situa na rota de mercados potenciais de toda a zona ocidental da América do Sul e se comunica com a Argentina através da Bacia do Rio da Prata, dando também acesso ao oceano Atlântico e ao Pacífico através dos países andinos, como Bolívia e Chile. A principal área econômica do estado do Mato Grosso do Sul é a do planalto da bacia do Paraná, com seus solos florestais e de terra roxa. Nessa região, os meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores da região Sudeste estão mais próximos.

Sua economia está baseado na produção rural (animal, vegetal, extrativa vegetal e indústria rural), indústria, extração mineral, turismo e prestação de serviços. Mato Grosso do Sul possui um dos maiores rebanhos bovinos do país. Além da vocação agropecuária, a infra-estrutura econômica existente e a localização geográfica permitem ao estado exercer o papel de centro de redistribuição de produtos oriundos dos grandes centros consumidores para o restante da região Centro-Oeste e a região Norte do Brasil.

No estado 44,77% da população residente compõe a população economicamente ativa (PEA). Quanto ao rendimento médio das pessoas de dez anos ou mais (1.366.871 habitantes), 55,85% (763.293 habitantes) têm como renda média mensal até um salário-mínimo. Segundo dados da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento de Mato Grosso do Sul (SEFOP), do total de ICMS arrecadado pelo estado, 52,7% provém do comércio, 23.7% da agropecuária, 17,2% de serviços e o restante vem da indústria.

O PIB (IBGE-2006) de Campo Grande, a capital do estado, é de aproximadamente de R$ 7,84 bi. No interior, os três municípios com maior participação na composição do PIB estadual são: Corumbá (pólo de pecuária de cria e recria, mineral e turismo) com um PIB de R$ 1,98 bilhão, seguido de Dourados (pólo agropecuário e agroindustrial, comercial e de serviços) com um PIB de R$ 1,93 bilhão, e Três Lagoas (pólo industrial) com um PIB de R$ 1,17 bi. Nos anos 1990 um novo método acabou se aliando ao processo de modernização agropecuária: com o objetivo de aumentar a receita municipal, alguns prefeitos, sem qualquer critério, passaram a usar mecanismos artificiais, como o aumento do perímetro urbano.
Setor primário

A maior produção agropecuária concentra-se na região de Dourados. Desenvolve-se uma agricultura diversificada, com culturas de soja, arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana-de-açúcar. Nos campos limpos, pratica-se a pecuária de corte, com numeroso rebanho assumindo importância nas áreas agrícolas. Possui rebanhos de bovinos, muares, eqüinos, suínos, caprinos, ovinos, galinhas, coelhos, bubalinos, galos, frangas, frangos, pintos, asininos e codornas. No Pantanal, a oeste, estão as melhores pastagens do estado.
[editar] Setor secundário

A maior parte da energia consumida no estado é produzida pela usina hidrelétrica de Jupiá, instalada no rio Paraná, no estado de São Paulo. As indústrias do Mato Grosso do Sul são responsáveis por vinte por cento desse consumo.

O estado conta com importantes jazidas de ferro, manganês, calcário, mármore e estanho. Uma das maiores jazidas mundiais de ferro é a do monte Urucum, situado no município de Corumbá. De modo geral, o solo tem boas propriedades físicas, mas propriedades químicas fracas, o que exige a correção de cerca de quarenta por cento da área total com o emprego de calcário.

A principal atividade industrial do Mato Grosso do Sul é a produção de gêneros alimentícios, seguida da transformação de minerais não-metálicos e da indústria de madeira. Os beneficiamentos de carne bovina e de arroz têm seu centro na capital. Até antes do desmembramento, toda a carne produzida no Mato Grosso era beneficiada no atual Mato Grosso do Sul. Corumbá é o maior núcleo industrial do Centro-Oeste, com indústrias de cimento, fiação, curtume, beneficiamento de cereais e uma siderúrgica que trata o minério do Maciço do Urucum.

Setor terciário

O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o estado. A região do pantanal sul mato-grossense atrai visitantes do resto do país e do mundo, interessados em conhecer a beleza natural na região.
Infra-estrutura

Lista de unidades de saúde de Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul está entre as unidades da federação que apresentam as maiores taxas de urbanização do país, com 85,4%.[carece de fontes?] A população urbana do estado, a partir dos anos 1980, apresenta um acentuado crescimento. Apesar das atividades rurais exercerem forte influência, o crescimento urbano cresce em harmonia com a agropecuária, que é proporcionalmente muito forte, pois se modernizou nos últimos anos e favoreceu a migração do campo para as cidades. Os domicílios compostos por quatro pessoas constituem o maior número de domicílios no estado, sendo esta tendência quase homogênea no País e reflete, na média, o predomínio da chamada família nuclear, ou seja, casal e dois filhos.

Pelas informações dos sensos de 1991 e 1996, entre 1970 e 1990 houve redução nas migrações interestaduais nas últimas décadas e também queda do saldo migratório em Mato Grosso do Sul. Segundo os dados, em 1991 houve a entrada de 124.045 pessoas de outros estados e a saída de 105.009, resultando no saldo migratório de 19.036. Já em 1996, 87.374 pessoas imigraram para o estado e 73.748 emigraram desse para outros estados, resultando num saldo migratório de 13.626 habitantes.[carece de fontes?]

No geral o cenário demográfico e social apresentado em Mato Grosso do Sul se baseia na tomada de decisões das diversas instâncias de atuação da sociedade civil, da academia e dos diversos níveis de governos, possibilitando e adequando o planejamento e ações dentro de uma visão panorâmica real nos níveis desejados de qualidade de vida e com o devido padrão de desenvolvimento sustentável.
Educação

Anexo:Lista de instituições de ensino superior de Mato Grosso do Sul

Resultados no ENEM Ano ↓ Português ↓ Redação ↓
2006[14]
Média 34,84 (11º)
36,90 53,54 (4º)
52,08
2007[15]
Média 48,41 (11º)
51,52 56,74 (6º)
55,99
2008[16]
Média 39,36 (11º)
41,69 59,02 (10º)
59,35

A taxa de analfabetismo em Mato Grosso do Sul decresceu no final do século XX, com reduções nos níveis de analfabetismo classe etária de 10 anos e mais, passando de 23,37%, em 1980, para 9,5% em 2004. E apesar das reduções serem significativas, os dados da área urbana e rural foram bem distintos.[carece de fontes?]
[editar] Universidades

* UEMS
* UFGD
* UFMS
* UCDB
* ANHANGUERA
* UNIGRAN

Energia

O estado é carente de energia elétrica, sendo esse o seu principal obstáculo para a instalação de indústrias na região. A maior parte da eletricidade que o estado consome é comprada de fora, especialmente de São Paulo.

O gasoduto delega um dos maiores investimentos destinados para todas as regiões por onde ele atravessa. Funcionando desde 2001 e tendo contrato inicial de 20 anos, possui potencial para promover vários investimentos públicos. Em Mato Grosso do Sul o gasoduto percorre um total de 702 quilômetros, com previsão de construção de uma usina separadora em Puerto Suárez para a transformação do gás natural em gás seco e este será canalizado até Corumbá para consumo de energia industrial. Com relação ao Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)[carece de fontes?], o projeto acusa problemas ambientais num primeiro momento: a sua construção pode afugentar a fauna e provocar danos à natureza com as escavações e uso de dinamite. Quando começar a funcionar, o gasoduto irá transportar 16 milhões de metros cúbicos/dia[carece de fontes?], e será necessária segurança para evitar acidentes (vazamentos, acidentes físicos com o duto, entre outros problemas), já que o duto está apenas a um metro de profundidade. Com relação ao impacto social, este empreendimento foi o responsável pela desapropriação de algumas propriedades de pequenos produtores.

Transporte

Rodovias de Mato Grosso do Sul
Lista de aeroportos de Mato Grosso do Sul

Seu sistema viário contribui em boa medida para o escoamento da produção agropecuária. Os principais eixos rodoviários são:

* BR-163: liga Sonora a Mundo Novo
* BR-267: liga Porto Murtinho a Bataguassú (Porto XV de Novembro), no rio Paraná, e a Ourinhos, em São Paulo.
* BR-060: liga Chapadão do Sul a Bela Vista
* BR-262: liga Corumbá á Vitória (Espírito Santo)

A navegação fluvial, que já teve importância decisiva, vem perdendo a preeminência. O principal porto é os da região de Corumbá (Corumbá, Ladário e Porto Esperança) e Porto Murtinho, todos no rio Paraguai.

Mato Grosso do Sul é um estado muito bem servido no que diz respeito a aeroportos, possuindo cinco em operação:

* Internacionais: Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã
* Regionais: Dourados e Bonito

Ferrovias

O estado é servido por duas linhas ferroviárias.

Estrada de Ferro Noroeste do Brasil

A ferrovia foi construída há mais de meio século e o eixo viário corta o Mato Grosso do Sul da divisa com São Paulo, em Três Lagoas, permitindo também o acesso à Bolívia, Peru e Chile. Entretanto, foi extinta com a privatização da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) em 1995, quando o grupo americano Noel Group, que na época era sócio majoritário da Empresa Novoeste S/A (empresa adquirida em 2006 pela ALL), assumiu a concessão do trecho Bauru (São Paulo) – Corumbá, mas acabou abandonando a mesma, a ponto de a falta de manutenção da ferrovia ter prejudicado o transporte da produção agrícola de Mato Grosso do Sul e também da Bolívia, funcionando de forma precária e restringindo-se quase exclusivamente ao transporte de carga. A abertura de frentes pioneiras com a construção de ferrovias formam conquistas e avanços nas terras indígenas, mas também acaba causando graves problemas sociais, como a desterritorialização, marginalização e empobrecimento dos nativos, que se deslocam para as periferias das cidades. Este meio de transporte já funcionou conduzindo passageiros com a função de turismo ou de comércio de exportação, partindo de São Paulo a Bauru, de Bauru a Corumbá e de Corumbá à Bolívia, percorrendo 1.618 km em território brasileiro. Atualmente a ALL administra a ferrovia através da Novoeste (antigo Trem do Pantanal), transportando anualmente mais de 2 milhões de toneladas de mercadorias tais como: minério de ferro, minério de manganês, soja, cimento, derivados de petróleo, combustíveis, produtos siderúrgicos dentre outros. Este elemento articula os vetores sócio-econômicos, e através dela ocorre a integração de novos países ao bloco regional Mercosul. Faz parte das metas do governo estadual e federal reativar o agora chamado Trem do Pantanal para passageiros lentamente até 2009.

Ferronorte

Mais recente (construída entre as décadas de 1980 e 1990), sai de Santa Fé do Sul (passando pela Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná) no estado de São Paulo e cruza o rio Paraná até Aparecida do Taboado. Daí segue para o norte do estado, passando por cidades como Inocência e Chapadão do Sul até atingir Alto Taquari, no sul do estado de Mato Grosso. Tem como principais produtos para transporte os grãos para exportações.

Cultura

Cultura de Mato Grosso do Sul
Lista de salas de cinema de Mato Grosso do Sul
Postscript-viewer-blue.svgVer página anexa: Anexo:Lista de teatros de Mato Grosso do Sul
Lista de museus de Mato Grosso do Sul

A cultura inclui a linguagem, as crenças, os costumes, as cerimônias, a conduta, a arte, a culinária, a moda, o folclore, os gestos e o modo de vida de determinado número de pessoas em um período. O local onde se situa, o meio ambiente, a economia e o que cerca um povo influência o seu modo de vida. A cultura local é uma mistura de várias contribuições das migrações ocorridas em seu território:

* Pratos típicos: Arroz boliviano, Caribeu, Chipa, Farofa de banana, Farofa de carne, Furrundu, Pacu assado, Puchero, Quibebe de mamão, Sopa paraguaia, Saltenha, Quebra-torto, Arroz carreteiro.Macarrão boiadeiro
* Bebidas típicas: Caldo de piranha, Licor de pequi, Sorvete de bocaiuva e Tereré

geladinho ou gelinho,picolé- MS.

* Símbolos: Viola-de-cocho, Trem do Pantanal
* Música: Guarânia, Chamamé, Cururu, Siriri, Vanerão, Sertanejo
* Gírias: mulher bonita, pessoa terrível.

Pontos turísticos

Turismo no Mato Grosso do Sul

Trecho do rio da Prata em Jardim
Tenda de artesanato em Bonito.
Pôr do sol no Pantanal.

Possui atrativos naturais e culturais que podem ser vistos ao participar de passeios turísticos. Os cenários são distintos e com belezas peculiares, sendo rico em flora, fauna e exuberância da natureza. A dedicação de seus habitantes o tornaram uma das mais produtivas áreas agrícolas e seus visitantes devem provar sua comida típica. Principais pontos turísticos:

* Complexo do Pantanal: é a mais extensa área úmida contínua do Planeta e um santuário ecológico que abriga a maior diversidade mundial de fauna e flora. Nele vivem aproximadamente 650 espécies de aves (cabeças-secas, garças e jaburus, o martim-pescador, os biguás, o pato-do-mato, o colhereiro, o jaçanã, o anu-branco, o pica-pau, entre outras), 240 espécies de peixes (piranha, o pintado, o pacu, o curimbatá e o dourado), 50 de répteis, 80 do mamíferos, além de uma imensa diversidade na flora que abriga pastagens nativas, plantas apícolas, comestíveis, taníferas e medicinais.
* Comércio fronteiriço: para quem busca a opção de compra pelo livre comércio, há as opções das cidades que fazem fronteira com zonas francas como Ponta Porã, Bela Vista, Corumbá e Porto Murtinho.
* Serra da Bodoquena: onde se localiza Bonito, uma cidade pequena que possui solo calcário é responsável pela cristalinidade dos rios. Região conhecida pelas grutas, cachoeiras e corredeiras.

Lagoa do Sapo]: Localizada na área central de Batayporã.

Pesquisa

Mato Grosso do Sul possui vários centros de pesquisa, destacando-se:

* Embrapa Agropecuária Oeste
* Embrapa Gado de Corte
* Embrapa Pantanal

Esporte

* Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul
* Lista de clubes de futebol de Mato Grosso do Sul
* Lista de estádios de futebol de Mato Grosso do Sul

Filhos ilustres

Lista de sul-mato-grossenses ilustres

Ver também

* Interior de Mato Grosso do Sul

Referências

1. ↑ Ranking do IDH dos estados do Brasil em 2005. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (15 de setembro de 2008). Página visitada em 17 de setembro de 2008.
2. ↑ Portal Uniágua: Aquífero Guarani
3. ↑ IBGE, PNAD 2005 – Mato Grosso do Sul
4. ↑ IBGE – Censo de 2000
5. ↑ Indicadores Sociais - 2007 - IBGE
6. ↑ Informações do Palácio do Planalto sobre as comunidades quilombolas de Mato Grosso do Sul
7. ↑ 7,0 7,1 TEODORO, Mirian Grasiela e AVELINO JÚNIOR, Francisco José. Tensão no campo: as famílias envolvidas na luta pela terra no Mato Grosso do Sul. 2005.
8. ↑ LEVY, Maria Stella Ferreira. The role of international migration on the evolution of the Brazilian population (1872 to 1972). Rev. Saúde Pública., São Paulo. Disponível em: <[1]>. Acesso em: 06 Feb 2007. Pré-publicação. doi: 10.1590/S0034-89101974000500003
9. ↑ Wikipedia - Imigração Italiana no Brasil
10. ↑ MetrolopeNet
11. ↑ Metrópole Net
12. ↑ Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul
13. ↑ http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1246&id_pagina=1
14. ↑ http://download.globo.com/vestibular/enem2006_desempenhoregiaouf.doc
15. ↑ http://download.uol.com.br/educacao/enem2007_mediasredacao.xls
16. ↑ http://www.inep.gov.br/download/enem/2008/Enem2008_tabelas_01a101.xls

[editar] Ligações externas
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* Portal do Governo de Mato Grosso do Sul (em português)
* Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (em português)
* Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (em português)
* Portal MS - Guia Online de Campo Grande e MS (em português)
* Portal dos municípios de Mato Grosso do Sul (em português)
* Informações sócio-econômicas dos municípios (em português)
* Mapeamento cultural de Mato Grosso do Sul (em português)
* Aquífero Guarani (em português)
* Portal de História Regional (em português)

sábado, 19 de setembro de 2009

Deputados estaduais de MS








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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a lista dos deputados estaduais eleitos pelo Mato Grosso do Sul.

São 24 vagas na Assembléia Legislativa.

Confira a lista dos deputados estaduais eleitos no MS:

Reinaldo Azambuja (PSDB) - 47.772 votos
Paulo Duarte (PT) - 42.107 votos
Londres Machado (PL) - 37.797 votos
Ari Artuzi (PMDB) - 36.960 votos
Marquinhos Trad (PMDB) - 35.777 votos
Ary Rigo (PDT) - 34.767 votos
Onevan de Matos (PDT) - 33.831 votos
Paulo Correa (PL) - 32.501 votos
Jerson Domingos (PMDB) - 32.352 votos
Zé Teixeira (PFL) - 28.696 votos
Arroyo (PL) - 27.286 votos
Youssif (PMDB) - 27.118 votos
Junior Mochi (PMDB) - 25.691 votos
Marun (PMDB) - 24.069 votos
Akira Otsubo (PMDB) - 22.266 votos
Pedro Kemp (PT) - 21.119 votos
Mauricio Picarelli (PTB) - 20.455 votos
Dione Hashioka (PSDB) - 19.843 votos
Antonio Braga (PDT) - 18.333 votos
Amarildo Cruz (PT) - 17.930 votos
Pedro Teruel (PT) - 15.818 votos
Professor Rinaldo (PT do B) - 14.017 votos
Coronel Ivan (PSB) - 11.980 votos
Marcio Fernandes (PRTB) - 9.708 votos

Deputados Federais de Mato Grosso do Sul

Encerrada a apuração dos votos para deputado federal no Estado de Mato Grosso do Sul, foram eleitos os seguintes candidatos:

1 Vander (PT), com 101.815 (9,3%);

2 Moka (PMDB), 83.785 (7,6%);

3 Dr. Antônio Cruz (PMDB), 76.443 (7%);

4 Murilo (PFL), 68.356 (6,2%);

5 Nélson Trad (PTB), 59.239 (5,4%);

6 João Grandão (PT), 53.901 (4,9%);

7 Biffi (PT), 45.840 (4,2%);

8 Geraldo Resende (PPS), 39.421 (3,6%).

Por Ademir Malavazi/DA

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

India terena disputa Miss Mato Grosso do Sul


Terça-feira, 01 de Setembro de 2009 | 12:05Hs

Fonte:

William Franco






O concurso de Miss Mato Grosso do Sul deste ano, que vai acontecer no próximo sábado (5), no Rubem Gil de Camillo, promete reunir as mais belas representantes das 78 cidades do Estado. Entre elas, a Miss Aquidauana cuja participação carrega o símbolo de união em momento da polêmica sobre demarcação das terras indígenas de Mato Grosso do Sul. Ela é filha de índio com mãe ‘branca’.

Iara Ferreira da Silva tem 18 anos é universitária da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) no município e mora na aldeia Ipegue. Ela cursa Engenharia Florestal. “Acho que tenho a esperteza do branco e também do índio, a vontade de estudar do branco e valorizo a cultura do povo indígena”, diz.

“Sobre a demarcação, eu acho que minha participação no concurso fortalece a questão da igualdade entre os povos e mostra que os índios estão em todas as áreas”.

Na universidade, onde há mais acadêmicos índios, Iara Silva mostra a influência da família paterna. “Sempre chamam alguns alunos de bugres, eu não gosto e reclamos mesmo na coordenação. Eu não falo a língua terena, mas entendo tudo”, relata.

Iara namora jovem não índio. Ela não pensa em relacionamento sério agora, mas diz que quer preservar os costumes para que os filhos conheçam e valorizem a história. “Quero que conheçam a língua, a história, a comida. Adoro o riri que é feito com mandioca e casca de banana”.

O pai, Joãozinho da Silva, 46, é terena, liderança indígena, nascido em Aquidauana, e a mãe Raquel Ferreira, 46, é formada em matemática, nasceu em Goiás e trabalha na área social na aldeia. A avó terena não fez gosto do casamento dos pais. Hoje, a família mora na aldeia.



A jovem foi escolhida pelo coordenador do concurso, Ênio Penágio e teve o apoio da Prefeitura de Aquidauana para representar a cidade no concurso.

“À minha torcida da aldeia vou me esforçar no desfile para retribuir a força dada e também pela Prefeitura e todo o pessoal da Fundação de Cultura de Campo Grande”.

Com 1,70 e 55 quilos, ela comemora a escolha e não vê a hora de conhecer as outras candidatas.

Em visita ao Midiamax ao lado dos pais, ela disse que sonha em terminar o curso de Engenharia Florestal e trabalhar para o povo indígena, mas se a conseguir brilhar como modelo e miss, abraçará a oportunidade.

Aynapoyaqué

Segundo a Miss Aquidauana, a oportunidade que teve de estudar, se manter perto dos costumes e ter o apoio dos pais tem um significado. “Minha educação veio para superar e não desistir”. Alessandra Carvalho




Ela finaliza a entrevista com Aynapoyaqué, obrigada em terena.

Mato Grosso do Sul é dona da segunda maior comunidade indígena do País com 65 mil pessoas.