domingo, 27 de setembro de 2009

Pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) revela que cerca de 215 mil pessoas deixaram a linha de pobreza e evoluíram para as classes C e D em Mato Grosso do Sul nos últimos cinco anos. O percentual de sul-mato-grossenses nas classes ABC atingiu 63,5% no ano passado, o 9º maior percentual do País. Os dados constam do levantamento denominado “Atlas do Bolso dos Brasileiros”, elaborado pelo economista Marcelo Cortes Néri, da FGV, e divulgado na sexta-feira. No País, entre 2003 e 2008, 19,4 milhões de pessoas atravessaram a zona de pobreza e saíram da classe E, sendo que 8 milhões foram apenas na região Nordeste do País. Em Mato Grosso do Sul, 214.971 pessoas deixaram a zona de pobreza, com renda per capita mensal de R$ 137 por mês. Conforme o atlas, em 2003, 21,41% dos moradores de Mato Grosso do Sul estavam na zona de extrema pobreza. Este percentual caiu 49% nos últimos cinco anos. No ano passado, 10,91% dos 2,265 milhões de habitantes viviam no pobreza no Estado, que é 19º lugar no ranking nacional entre as 27 unidades da federação. Em Campo Grande, 126,8 mil pessoas deixaram a zona de pobreza entre 2003 e 2008. No entanto, este número não é maior porque mil campo-grandenses retornaram à classe de extrema pobreza entre 2007 e 2008. Classe Média – Há cinco anos, 45,81% dos habitantes do Estado estavam nas classes ABC. Este percentual cresceu 33,38% no período, chegando a 63,5% no ano passado. Isto significa que 1,4 milhão de sul-mato-grossenses são de classe média ou alta.Este é o 9º maior percentual do País no ranking liderado por Santa Catarina, onde 83,32% dos moradores pertencem as classes econômicas mais altas. Florianópolis (SC) também lidera o ranking entre as capitais, com 92,6% dos moradores situados na faixa econômica das classes ABC. Em Campo Grande, este percentual ficou em 71,3%, o 12º no País, atrás de Cuiabá (73,66%). Mais ricos – O percentual dos mais ricos, das classes A e B, cresceu 62,12% em cinco anos em Mato Grosso do Sul. No ano passado, 11,77% (266 mil moradores) pertenciam à classe mais rica. Já a classe D, intermediária entre a E e C, teve redução de 17% no Estado. Passou de 30,98% em 2003 para 25,59% no ano passado. Em Campo Grande, 20,7% dos moradores são da classe D. Década – A redução da desigualdade é a principal marca da primeira década do terceiro milênio, conforme avaliação feita por Marcelo Néri. Ele disse que um historiador classificaria a década de 90 como a da estabilidade, a de 80, como a da democratização, e a de 70, como a do crescimento econômico.No entanto, apesar do Brasil ter crescido um terço do percentual registrado nos anos 70, a redução da pobreza é muito maior na década atual. No ranking mundial da desigualdade, o Brasil conseguiu cair da 3ª para a 10ª posição.


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