quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Carne de restaurante vencida há 2 meses será analisada pela Vigilância

Caso veio à tona anteontem à noite, quando consumidor chamou a PM


A Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) de Campo Grande assumiu a investigação sobre o restaurante localizado na Rua Barão do Rio Branco, Centro de Campo Grande, que oferecia carne vencida para clientes. O caso veio à tona na segunda-feira à noite depois que um cliente procurou a polícia ao descobrir o alimento vencido.

Titular da Decon, o delegado Elton Galindo disse à reportagem que a carne usada nos espetinhos e apreendida pela Polícia Militar anteontem foi encaminhada à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) e buscada pela equipe de Decon ontem pela manhã.

O material já foi repassado para a Vigilância Sanitária, que irá analisar a qualidade do alimento. Segundo o delegado, havia pacotes com vencimento expirado há 1 mês e outros de até 2 meses.

“Vamos instaurar inquérito e daremos sequência a investigação depois do resultado do exame do laboratório que vai atestar se o alimento estava impróprio para consumo”.

O delegado explica, ainda, que a penalidade que os responsáveis pelo restaurante podem sofrer depende do resultado do laboratório. Se a carne, apesar de vencida, estiver própria para consumo, o estabelecimento poderá responder medidas administrativas, como multa por exemplo. Mas se for constatado que o alimento está estragado, a penalidade pode ser mais severa.

Em depoimento na Depac, a gerente do restaurante disse à polícia que não tinha conhecimento do vencimento da carne e que os funcionários que trabalham na cozinha não repararam na data. “No mínimo houve negligência”, completa Galindo.

À reportagem, a advogada Viviane Lacerda, que representa os donos do restaurante, conta que as embalagens de carne vencida estavam no freezer aguardando o descarte e que nunca houve fornecimento de carne fora do prazo de validade ou estragada para os clientes.

O CASO

Conforme o registro policial, o cliente de 42 anos foi com parentes até o restaurante, por volta das 20 horas. Todos pediram espetinho e jantaram, o total da conta ficou em R$ 86,18. Segundo os clientes disseram à polícia, o gosto da carne estava “muito ruim”.

Na hora da pagar a conta, o cliente chegou a comentar com um funcionário do local sobre o sabor ruim. Na mesma hora, a sobrinha do homem foi até um dos freezers do restaurante pedir um sorvete e ao lado viu o freezer onde estava as embalagens dos espetinhos servidos para os clientes.

A jovem viu que tudo estava vencido e com autorização de um funcionário entrou na cozinha e viu que os espetinhos assados naquela noite também estavam vencidos.

A Polícia Militar foi chamada, a família e um responsável pelo restaurante foram levados para a delegacia. O caso foi registrado como vender mercadoria em condições impróprias para consumo.

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