domingo, 6 de junho de 2010

PT anima militância, mas não anuncia vice de Zeca

Pelo menos 1.800 pessoas participaram do Encontro Estadual do PT, realizado nesta manhã

CGNEWS
Danúbia Burema e Fernanda França
João Garrigó


A cúpula regional do PT de MS promoveu uma grande festa neste domingo no Grand Mère Buffett, em Campo Grande, na qual confirmou candidatura própria ao governo, mas não anunciou o vice de Zeca.

Por aclamação, 852 delegados escolhidos pelo partido confirmaram, além da candidatura de Zeca, as de Delcídio e Dagoberto (PDT) ao Senado, e de Gilda Gomes dos Santos como suplente deste último. Entretanto, o parceiro de chapa de Zeca ainda continuara em aberto à espera de definição de partidos aliados.

O primeiro partido ao qual Zeca recorreu em busca vice foi o PTB, mas a aliança não vingou já que o partido decidiu apoiar André Puccinelli. Agora, Zeca aguarda o posicionamento do PSB, que pode indicar o vice, mas que não enviou representante à festa promovida pelo partido nesta manhã.

Apesar de o PT não ter anunciado o nome, Zeca continua a reafirmar que seu vice deve preferencialmente sair de Dourados. Entretanto, adianta que se não for possível encontrar alguém do segundo maior município Estado, vai viabilizar essa questão outra forma.

A cúpula do partido informou que não vai interferir nesse processo e que ficará a cargo das lideranças locais a escolha.

O presidente Nacional do PT, José Eduardo Dutra, deixou claro em seu discurso que, ao contrário do que chegou a se comentar na imprensa local, a candidatura de Zeca ao governo não está sendo posta à revelia da cúpula nacional.

“Zeca tem o apoio e o empenho da direção nacional. Já havíamos dito que Mato Grosso do Sul só não ia ter candidato se não quisesse. Disseram que o Zeca era candidato à revelia da cúpula nacional, mas a minha presença neste encontro é a prova de que o Zeca é o candidato do PT no Estado”

Comparação - Zeca do PT fez um discurso inflamado, se emocionou várias vezes durante a fala e fez questão de ressaltar que não temerá comparações de seu governo com o de André Puccinelli.

Zeca criticou Puccinelli por ter suspenso programas sociais instituídos em seu governo, como o restaurante popular. Ele disse que tem consciência do grande volume de verbas federais que chegaram ao Estado na administração Puccinelli, e que isso acaba engordado números do atual governo, mas mesmo assim não tem medo de comparações, pois está preparado para isso.

Zeca falou que essa é a 11ª campanha que ira enfrentar e espera que seja a última e a mais emblemática.

Com essa declaração, Zeca confirma que se ganhar a eleição agora, Delcídio deverá ser o próximo candidato ao governo de MS, ao invés dele pela reeleição.

No encontro do PT desta manha, compareceram representantes de vários partidos que tendem a apoiar o projeto de Zeca, entre eles o PV que ainda está em processo de definição, O PFL, o PP, PCdo B e o empresário Antonio João Hugo Rodrigues, que é filiado ao PTB, e apesar de ter partido apoiando André, compareceu ao evento de Zeca.

“Ao contrário do que muita gente apostou, vamos marchar unidos e tomar conta das ruas” disse o senador Delcídio do Amaral, ao desmentir boatos de que ele e Zeca ainda não estão muito próximos politicamente.

A festa reuniu cerca de 1800 pessoas segundo a organização, contou com apresentações culturais de dança e música.

Questionado se temia ser “atropelado” pela estrutura do atual governo durante a campanha, Zeca disse que não. “Não é só dinheiro que ganha a eleição, prova disso é a vitória que tive em 1998. Em uma época em que o povo tinha medo e desconfiança do PT, conseguimos ganhar eleição mesmo contra a estrutura do governo”, declarou.

Sobre qual seria primeiro despacho de seu governo, no caso de ganhar a eleição, disse que retomaria os programas sociais e faria levantamento detalhado do atual governo para iniciar sua administração.

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