segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

No ano passado, 190 animais foram atropelados em rodovias de MS

Caroline Maldonado
Imagem recorrente de animal morto a beira de rodovia. (Foto: Arquivo/Campo Grande news)Imagem recorrente de animal morto a beira de rodovia. (Foto: Arquivo/Campo Grande news)
Em 2014, o número de atropelamento de animais em rodovias federais caiu 14,4%, em relação ao ano anterior. A maioria dos acidentes ocorre na rodovia que liga a Capital a Corumbá, no Pantanal. A BR-262, no trecho entre os quilômetros 365 e 779 foi cenário de 18,9% dos 190 atropelamentos ocorridos no ano passado.
No dia 12 de janeiro, uma mulher de 25 anos morreu na BR-040, próximo a Santa Rita do Pardo, a 266 quilômetros de Campo Grande, depois que o veículo onde estava atropelou uma anta de aproximadamente 200 quilos, que atravessava a pista. Helen Milene de Almeida viajava em um Fiat Palio que capotou após bater no animal. Ela foi lançada para fora do veículo junto ao banco. O marido, que dirigia o carro, e uma terceira pessoa ficaram feridos e foram socorridos. 
Nos acidentes registrados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em 2014, quatro pessoas tiveram ferimentos leves e três ficaram gravemente feridas nesse tipo de acidente. Nos últimos dois anos, nenhuma pessoa morreu nas colisões, que em sua maioria resultam em pequenos prejuízos aos condutores, além da morte do animal. 
Nem todos os acidentes são contabilizados pela PRF, pois os condutores costumam chamar os policiais apenas quando os estragos nos veículos demandam que o seguro seja acionado. Alguns viajantes se quer param para verificar o estado do animal e não há obrigação determinada por lei quanto a esta situação, no entanto as autoridades recomendam que os condutores parem o veículo no acostamento e caso o animal morto esteja na pista, façam a remoção.
Risco dobrado - O bicho atropelado pode provocar um segundo acidente. “Existe até casos de capotamento por causa do animal que ficou morto na pista, em especial quando se trata de bichos maiores, como a anta”, alerta do major da PMA (Polícia Militar Ambiental), Edmilson Queiroz. O militar acredita que o respeito ao limite de velocidade pode reduzir significativamente o número de acidentes. "Se o condutor viajar no limite da via, com certeza há tempo de ver o animal, reduzir e evitar o acidente", destaca. 
A PRF faz a remoção dos animais que são deixados nas rodovias ou encaminha para a PMA, quando o bicho sobrevive a pancada. “Quando ocorre um acidente, o código de trânsito prescreve que o condutor deve liberar a via e se for possível também o animal, mas não há prescrição em relação ao animal especificamente. Socorrer ou removê-lo é um ato de cidadania”, comenta o inspetor da PRF, Tércio Baggio, ao lembrar que o condutor deve chamar a polícia rodoviária pelo número 191, em caso de acidente.
O inspetor aproveita para alertar os condutores que deixar o veículo impedindo o tráfego na pista, quando não há vítimas, é infração média, cuja a penalidade inclui multa de aproximadamente R$ 85 e 4 pontos na carteira de habilitação. “Muitas vezes, ninguém ficou ferido e os condutores deixam os carros atrapalhando o trânsito. Não há necessidade disso, pois nós temos como identificar quem está certo e quem está errado. Basta bater fotos e tirar o veículo para evitar outro acidente”, explica.
No caso de animais mortos em vias urbanas, a empresa que realiza serviço de limpeza na Capital, a Solurb deve ser chamada para fazer a remoção. A PMA também pode ser acionada pelo telefone 3357-1500.
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domingo, 8 de fevereiro de 2015

ANS não cobra planos por atendimentos feitos no SUS







O governo tem deixado de receber uma quantia bilionária dos planos de saúde privados por ineficiência da agência que regula o setor.
Uma lei aprovada em 1998 determinou à ANS (Agência Nacional de Saúde) a obrigação de cobrar das administradoras o pagamento de todos os procedimentos feitos por pacientes dos planos privados em hospitais públicos. A agência, porém, cobra só os mais simples, como partos, e deixa os mais caros, como quimioterapias, de fora.
A prática gera um rombo no SUS. No ano passado, a cobrança gerou quase R$ 400 milhões. Estimativas apontam, porém, que o SUS poderia faturar cerca de R$ 2 bilhões se todas as intervenções fossem pagas.

O TCU (Tribunal de Contas da União) pressionou a ANS em 2012, quando fixou prazo de 180 dias para que os procedimentos fossem ressarcidos. Alegando dificuldades técnicas e falta de funcionários, a agência conseguiu adiar no Tribunal o início da cobrança para julho de 2015.
Na semana passada, o TCU julgou mais um recurso da agência. O ministro responsável pelo caso, Raimundo Carreiro, manteve a determinação de cobrança dos custos, mas adiou para 31 de dezembro o início da operação.
Até 2010, os planos pagavam ao SUS uma quantia ínfima de ressarcimento por atendimento. A partir de 2011, os valores começaram a crescer. Em 2014, alcançaram o maior patamar já registrado e superou todo o gasto da agência previsto para aquele ano, de R$ 294 milhões.
Os procedimentos escolhidos pela ANS, contudo, continuam a ser os mais simples e mais baratos aos planos.

MAIS COMUM
O tipo de intervenção mais ressarcida é o parto normal, seguida do parto cesariano e dos atendimentos de urgência. No parto normal, o SUS recebe R$ 443. Esses atendimentos podem custar o equivalente a 15% de uma quimioterapia -no caso de leucemia crônica, o SUS paga R$ 2.939.
Em 2009, o TCU calculou que o valor a ser cobrado pelos procedimentos mais complexos seria até quatro vezes superior ao dos procedimentos menos complexos. Entre 2003 e 2007, por exemplo, os atendimentos mais caros teriam rendido cerca de R$ 2,6 bilhões aos cofres do SUS.
Além disso, quanto mais tempo demora para iniciar a cobrança, maior a probabilidade de não pagamento. Na Justiça, os planos têm conseguido decisões judiciais favoráveis ao não pagamento de dívidas passadas.

OUTRO LADO
A ANS disse, em nota, que se prepara "para dar início ao ressarcimento das autorizações para procedimentos de alta complexidade".
Em entrevista à Folha, Michelle Mello, diretora adjunta de desenvolvimento setorial da agência, afirmou que o órgão deve iniciar a cobrança em junho e que ela deverá ser retroativa a 2010.
O Ministério da Saúde, que controla o dinheiro do SUS e recebe o ressarcimento dos planos, mandou a mesma nota da agência reguladora.



sábado, 7 de fevereiro de 2015

MS tem aumento de 213% no número de casos de dengue em janeiro

Estado registrou 1.124 casos da doença no primeiro mês do ano.
Em número de casos foi o oitavo do país, segundo o ministério.

Anderson Viegas Do G1 MS
Mato Grosso do Sul registrou um grande aumento no número de casos de dengue em janeiro (Foto: Reprodução/TV Morena)Mato Grosso do Sul registrou um grande aumento no número de casos de dengue em janeiro
(Foto: Reprodução/TV Morena)

Mato Grosso do Sul contabiliza um aumento de 213% no número de casos de dengue em janeiro de 2015 frente ao mesmo período de 2014, saltando de 359 registros para 1.124, segundo balanço divulgado neste sábado (7), pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante o dia D+1 de mobilização contra a dengue e chikungunya, realizado na cidade de Valparaíso, em Goiás.
O índice do estado está bem acima do aumento registrado em âmbito nacional, que foi de 57,2%, segundo o ministério. No país, o número de casos da doença passou, na comparação dos primeiros 31 dias de 2014 e 2015, de 26.017 ocorrências para 40.916.
Ao comentar o aumento de casos em todo o Brasil, o ministro da saúde disse que os números representam um alerta à população e aos gestores de que é preciso ficar atento e reforçar as ações de prevenção. “Precisamos focar nas medidas de prevenção, eliminando os criadouros do mosquito transmissor da doença,  o Aedes aegypti”, afirmou.
Em janeiro de 2015, conforme os dados do ministério, o estado registrou o oitavo maior número de casos de dengue de todo o país. Em quantidade de registros, Mato Grosso do Sul ficou atrás apenas de: São Paulo (17.612), Goiás (6.386), Minas Gerais (2.750), Acre (2.673), Paraná (1.950), Rio de Janeiro (1.605) e Ceará (1.178).
A média de casos registrados no estado neste primeiro mês do ano foi de 36,25 por dia, o equivalente a 1,51 por hora.
O ministério apontou ainda que, em janeiro de 2015, dos 20 municípios do país com maior incidência da doença, ou seja, número de casos por 100 mil habitantes, dois são de Mato Grosso do Sul, Selvíria, em oitavo, com taxa de incidência de 2.127,0 e Iguatemi, em 16º, com o percentual de 1.306,8.
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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Jornais Online de Mato Grosso do Sul no Painel do Paim


CONFIRA:

http://www.guiademidia.com.br/jornaisdomatogrossodosul.htm

 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Número de vítimas de temporais cresceu 167% em dois anos no Estado

Kleber Clajus
Durante reunião, governador se comprometeu a ampliar abrangência da Defesa Civil (Foto: Chico Ribeiro / Notícias MS)Durante reunião, governador se comprometeu a ampliar abrangência da Defesa Civil (Foto: Chico Ribeiro / Notícias MS)
O número de vítimas de desastres naturais aumentou 167,14%, nos últimos dois anos, em Mato Grosso do Sul. A Defesa Civil apresentou ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta quinta-feira (5), dados que integram início do trabalho de mapeamento das áreas de risco no Estado. O encontrou ocorreu no gabinete da governadoria.
Enquanto o número de pessoas afetadas por temporais e vendavais elevou-se de 80 mil para 213.713 no período, a quantidade de desalojados foi a que mais recuou de 4.599 para 861 (81,27%), seguida dos desabrigados de 873 para 334 (61,74%).
Ao todo, 11 mortes foram registradas por ano, incluindo duas durante inundação no município de Bela Vista, em 2013, além de naufrágio ocorrido em Porto Murtinho no ano seguinte.
Conforme o balanço apresentado pelo coordenador da Defesa Civil, coronel Isaías Ferreira Bittencourt, as principais áreas de risco estão concentradas em populações ribeirinhas no Pantanal e região sul que possui maior incidência de chuva de granizo.
Reinaldo Azambuja declarou, por sua assessoria de imprensa, que pretende implantar almoxarifados para equipamentos utilizados em emergências, kits de primeiros socorros, roupas, alimentos e colchões nas 44 unidades da Defesa Civil ativas no Estado, além de expandir sua atuação.
Também participou do encontro o secretário da Casa Civil, Sérgio de Paula.




terça-feira, 3 de fevereiro de 2015


29/07/2013 20h04 - Atualizado em 29/07/2013 20h31

Mato Grosso do Sul tem 27 cidades com IDH municipal alto, diz estudo

Campo Grande está entre as 100 cidades do país com melhor índice.
Japorã é a cidade do estado com pior desempenho, aponta Pnud.

 

Do G1 MS -
29/07/2013 20h04 - Atualizado em 29/07/2013 20h31

Campo Grande ocupa 100ª posição entre as cidades brasileiras. (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)
Dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), relativos a 2010, divulgados nesta segunda-feira (29), mostram que Mato Grosso do Sul tem 27 cidades com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) alto.

O levantamento, que analisa o nível de desenvolvimento humano nos 5.565 municípios do país, não levou em conta os dados de Paraíso das Águas, criado após as eleições de 2012.

O índice considerado alto compreende notas entre 0,7 e 0,79. Na 100ª posição do ranking entre as cidades brasileiras, Campo Grande tem a melhor colocação do estado, enquanto Japorã tem o pior (5.426º).

Em 47 municípios sul-mato-grossenses, o IDH é considerado médio (0,6 a 0,69). Quatro cidades do estado tiveram índices classificados como baixos (0,5 a 0,59) e nenhuma teve índice considerado muito baixo (0 e 0,49).

Entre os IDHs de Mato Grosso do Sul, depois de Campo Grande, os melhores colocados são Chapadão do Sul (467º no país), Dourados (599º), Três Lagoas (667º), Maracaju (876º) e São Gabriel do Oeste (1.052º). Ponta Porã ficou na 1.866º posição nacional.

Já na lista dos piores índices, classificados como baixos, aparecem quatro municípios da região Sul: Tacuru (4.309º), Coronel Sapucaia (4.416º), Paranhos (4.444º) e Japorã (5.426º).

Comparação
Em relação ao Pnud divulgado em 2003, Campo Grande saltou da 509ª posição entre as cidades brasileiras para a 100ª neste ano. Há uma década, Chapadão do Sul tinha o melhor IDH do estado e ocupava a 164º, mas caiu para a 467º.

Dourados saiu do 850º lugar para 599º. Três Lagoas também melhorou de desempenho: deixou a 965º posição para a 667º. Ponta Porã despencou do 1.061º lugar para 1.866º no período, mesmo ritmo seguido por Corumbá que deixou o 1.289º lugar para 1.904º.

Comparando os municípios com pior IDH na última década, três deles continuam com piores índices. Em 2003, Japorã ocupava o 4006º lugar entre as cidades do país. Paranhos era o 3.358º e caiu para 4.444º. Já Tacuru figurava no 3.579º lugar no país há dez anos e hoje está em 4.309º.

Estudo
O estudo divulgado pelo Pnud, intitulado "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", é o terceiro feito pelo órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país. Os primeiros foram divulgados em 1998 e 2003.

Em 2013, o IDH foi calculado com base nos dados do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto em 2003, as informações eram do censo de 2000 e em 1998 levavam em conta o censo de 1991. Neste ano, o Pnud mudou os critérios de aferição do índice e atualizou os dados dos levantamentos anteriores com base nos novos critérios.

O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. O índice considera indicadores de longevidade (saúde), renda e educação.

Dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 0,7% (44) possuem índices muito altos de desenvolvimento humano. Entre os considerados muito baixos estão 32 cidades, o que representa 0,5% do total. Ao todo, 1.889 cidades têm IDHM alto (33,9%), outras 2.233 registram índices médios (40,1%) e 1.367 municípios têm IDHM baixo (24,5%).
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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Mato Grosso do Sul tem 27 animais em perigo de extinção

CAMPO GRANDE NEWS - Redação

O Ministério do Meio Ambiente lançou hoje em Brasília o "Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção". São mais de mil e quatrocentas páginas distribuídas em dois volumes, com dados sobre a biologia, distribuição geográfica, presença em unidades de conservação, principais ameaças, estratégias de conservação, indicações de especialistas e de núcleos de pesquisa e conservação envolvidos com as espécies.
De acordo com o livro, Mato Grosso do Sul, onde estão presentes os biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, 25 espécies de animais silvestres encontram-se em situação de perigo ou vulnerabilidade de extinção, de acordo com o documento.
A elaboração do Livro Vermelho decorre diretamente das Listas Nacionais Oficiais de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção, incluindo pela primeira vez em uma única obra todas e somente as espécies que o governo brasileiro efetivamente reconhece como ameaçadas de extinção.
A lista atual, publicada por intermédio das Instruções Normativas MMA nº 3/2003 e nº 5/2004, conta com 627 espécies ameaçadas de extinção, sendo 130 de invertebrados terrestres, 16 de anfíbios, 20 de répteis, 160 de aves, 69 de mamíferos, 78 de invertebrados aquáticos e 154 de peixes.
Sobre a fauna ameaçada em Mato Grosso do Sul, constam no documento as aves: rolinha do planalto, tico-tico-do-campo, caboclinho-de-chapéu-cinzento, caboclinho-do-sertão, caboclinho-de-papo-branco, andarilho ou bate-bunda, galito, maria-do-campo ou papa-moscas-do-campo, tricolino-canela ou papa-moscas-canela, arara-azul-pequena (considerada extinta), arara-azul-grande e codorna-buraqueira. Algumas delas existem apenas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Já na lista de mamíferos estão: cervo-do-pantanal, lobo-guará, cachorro-vinagre, jaguatirica, gato-do-mato, gato-maracajá, gato-palheiro, onça-pintada, onça-parda, ariranha, rato-de-espinho, tatu-canastra e tamanduá-bandeira.
Insetos também estão na lista, como o colembolo e o besouro-de-chifre. Invertebrados terrestres, anfíbios e répteis não constam na lista de Mato Grosso do Sul.

Justificativa - O MMA reconhece que o ser humano é o principal agente do processo de extinção. Em parte, essa situação deve-se ao mau uso dos recursos naturais, citando como causas a abertura de grandes áreas para implantação de pastagens ou agricultura convencional, extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária, poluição, incêndios florestais, formação de lagos para hidrelétricas e mineração de superfície.
Estes fatores reduzem o total de habitats disponíveis às espécies e aumentam o grau de isolamento entre suas populações, diminuindo o fluxo gênico entre estas, o que pode acarretar perdas de variabilidade genética e, eventualmente, a extinção de espécies.
Políticas de conservação - A Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção é um dos mais importantes instrumentos utilizado pelo governo brasileiro para a conservação da biodiversidade, onde são apontadas as espécies que, de alguma forma, estão ameaçadas quanto à sua existência.
Para a sua elaboração o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o seu Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em parceria com a Fundação Biodiversitas para a Conservação da Diversidade Biológica, com a Sociedade Brasileira de Zoologia e com a Conservação Internacional do Brasil, valeram-se de centenas de especialistas, em período superior a um ano que, após criterioso trabalho científico, produziram a versão inicial da lista.
Primeira lista - A primeira lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção é de 1968 (Portaria IBDF nº 303) e contava com 44 espécies. A primeira lista publicada no âmbito do Ibama (Portaria nº 1.522) ocorreu em 1989, com 206 espécies animais sob ameaça de desaparecimento, dentre vertebrados e invertebrados, das quais sete espécies consideradas como provavelmente extintas.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Chaco brasileiro: uma riqueza sul-mato-grossense
 

Por Aline Peixoto e Lívia Catanho

(Postado pela Fundação Portal do Pantanal)

 Fonte: Post de Adriel.mesquita em 26/out, 2012 | 

 
 
 
 
 
 
 
 
O Chaco é um tipo de vegetação onde predominam plantas com folhas relativamente pequenas providas geralmente de espinhos, sendo comuns espécies de quebrachos, barreirinho, labão, palo santo, além de cactos e bromélias. O solo onde a vegetação é encontrada é caracterizado por drenagem lenta ocasionando o encharcamento do terreno após as chuvas.
Na América do Sul a vegetação conta com uma área superior a 800.000 km² de extensão, compreendendo países como a Argentina (norte), Paraguai (centro e oeste), Bolívia (sul) e uma a uma pequena faixa do Brasil, situada no sudoeste de Mato Grosso do Sul, na região do Pantanal.
A professora doutora de Biologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Ângela Sartori afirma, “Porto Murtinho é o município com as maiores manchas dessa vegetação. Ela é única no Pantanal e no Brasil, ou seja, em nenhum lugar do Brasil o conjunto de plantas e os organismos relacionados se fará como no Chaco de Porto Murtinho”.
Em razão dessa exclusividade concedida à região sul-mato-grossense pela natureza e da pouca distribuição na biodiversidade brasileira, o lugar atrai os olhares de diversos estudiosos que busca conhecer este bioma único e ainda pouco explorado, como é o caso do projeto de pesquisa “Leguminosae do Chaco brasileiro: Sistemática, Diversidade, Fenologia e Adaptações” feito pelo grupo de biologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), coordenado pela própria doutora Ângela Sartori. O grupo de botânicos visa estudar representantes de leguminosas do Chaco brasileiro sob o aspecto morfológico, fisiológico, ecológico, citogenético e molecular.
De acordo com Sartori, a primeira pesquisa feita na região chaqueana foi iniciada em 2004 e serviu de estímulo para o desenvolvimento de outras já concluídas ou em andamento. O projeto “Leguminosae do Chaco brasileiro”, por exemplo, já conseguiu, ao longo do tempo, registrar cerca de 70 espécies de leguminosas na região com registro de ocorrência preferencial de algumas delas para o chaco.
“O projeto está em fase final e diferentes estudos estão sendo concluídos. Para determinadas espécies foram efetuadas investigações sobre o sistema subterrâneo, polinizadores, período de floração e frutificação das espécies além de estudos moleculares. Os dados estão sendo analisados”, detalha Ângela Sartori.
A pesquisadora vai além das análises científicas e explica a importância dos estudos para a população como um todo, embora muitas pessoas não saibam ao menos da existência de uma vegetação como essa. “O Chaco encontra-se ameaçado devido à crescente ação antrópica que vem promovendo a décadas o desmatamento das áreas nativas, e somente conhecendo a área e que será possível propor alternativas para a preservação do bioma”, alerta ela.
O que trocando em miúdos significa que a depredação humana para uso da pecuária de corte em Mato Grosso do Sul, é a principal ameaça para a extinção desse sistema rico em biodiversidade. Para que isso não aconteça, é essencial que se entenda melhor essa vegetação, para que assim possam ser propostas medidas de conservação com maior critério e segurança.
Para o andamento das pesquisas o “Leguminosae do Chaco brasileiro” conta com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto atraiu o interesse de outras instituições e hoje mantêm parceira com docentes e pós-graduandos do Departamento de Botânica da Universidade de Campinhas (Unicamp).
Atualmente o projeto compreende uma equipe de 25 pessoas, dentre eles: pesquisadores docentes do Programa de pós-graduação em Biologia Vegetal do laboratório de Botânica da UFMS e do Programa de pós-graduação em Biologia Vegetal da Unicamp. Além de discentes de iniciação científica, mestrandos e doutorandos.
Chaco
A palavra chaco vem do idioma quíchua e significa terra de caça. O chaco é uma área que abriga grande diversidade de habitats, com extensas áreas planas, serras, rios de grande extensões que cortam desde savanas secas e brejos até grandes extensões de florestas. Em decorrência desse ecossistemas variado no Chaco é possível encontrar uma infinidade de espécies, que inclui animais como a onça-pintada, anta, cervo, tatu, tamanduá, ema, seriema, garça e o porco selvagem.

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Atraso no Aquário do Pantanal encarece manutenção de peixes
 
Com a prorrogação por mais onze meses da inauguração do Aquário do Pantanal, que custará R$ 324 milhões aos cofres públicos, o Governo do Estado ainda terá que arcar com mais R$ 850 mil por mês, para a manutenção dos peixes em quarentena. O valor é o que foi pago no último semestre para a empresa que cuida dos peixes. Uma renegociação deve ter início nos próximos dias. 

São pelo menos nove mil exemplares de várias espécies (dos quais seis mil lambaris de 40 espécies diferentes), que permanecem nos tanques improvisados na sede da Polícia Militar Ambiental (PMA) em Campo Grande.

O valor adicional para manutenção dos peixes na quarentena será necessário  porque o contrato inicial de R$ 5,1 milhões com a empresa Anambi Análise Ambiental LTDA. definia o compromisso de cuidar dos peixes até dezembro último - data prevista para a entrega do Aquário.

Enquanto aguardam pela nova casa, os peixes em adaptação continuam recebendo cuidados especiais por uma equipe de cerca de 20 profissionais. Segundo o biólogo Heriberto Gimenes Junior, não há qualquer risco de morte dos exemplares, mesmo com a necessidade de os peixes ficarem por mais tempo nos tanques improvisados.

A reportagem, de Rafael Bueno, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Mato Grosso do Sul tem 27 animais em perigo de extinção

domingo, 25 de janeiro de 2015



Mato Grosso do Sul tem 27 animais em perigo de extinção

 

(POSTADO PELA FUNDAÇÃO PORTAL DO PANTANAL) 

http://especiesameacadas.blogspot.com.br/2015/01/mato-grosso-do-sul-tem-27-animais-em.html

 
Redação
O Ministério do Meio Ambiente lançou hoje em Brasília o "Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção". São mais de mil e quatrocentas páginas distribuídas em dois volumes, com dados sobre a biologia, distribuição geográfica, presença em unidades de conservação, principais ameaças, estratégias de conservação, indicações de especialistas e de núcleos de pesquisa e conservação envolvidos com as espécies.
De acordo com o livro, Mato Grosso do Sul, onde estão presentes os biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, 25 espécies de animais silvestres encontram-se em situação de perigo ou vulnerabilidade de extinção, de acordo com o documento.
A elaboração do Livro Vermelho decorre diretamente das Listas Nacionais Oficiais de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção, incluindo pela primeira vez em uma única obra todas e somente as espécies que o governo brasileiro efetivamente reconhece como ameaçadas de extinção.
A lista atual, publicada por intermédio das Instruções Normativas MMA nº 3/2003 e nº 5/2004, conta com 627 espécies ameaçadas de extinção, sendo 130 de invertebrados terrestres, 16 de anfíbios, 20 de répteis, 160 de aves, 69 de mamíferos, 78 de invertebrados aquáticos e 154 de peixes.
Sobre a fauna ameaçada em Mato Grosso do Sul, constam no documento as aves: rolinha do planalto, tico-tico-do-campo, caboclinho-de-chapéu-cinzento, caboclinho-do-sertão, caboclinho-de-papo-branco, andarilho ou bate-bunda, galito, maria-do-campo ou papa-moscas-do-campo, tricolino-canela ou papa-moscas-canela, arara-azul-pequena (considerada extinta), arara-azul-grande e codorna-buraqueira. Algumas delas existem apenas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Já na lista de mamíferos estão: cervo-do-pantanal, lobo-guará, cachorro-vinagre, jaguatirica, gato-do-mato, gato-maracajá, gato-palheiro, onça-pintada, onça-parda, ariranha, rato-de-espinho, tatu-canastra e tamanduá-bandeira.

Insetos também estão na lista, como o colembolo e o besouro-de-chifre. Invertebrados terrestres, anfíbios e répteis não constam na lista de Mato Grosso do Sul.
Justificativa - O MMA reconhece que o ser humano é o principal agente do processo de extinção. Em parte, essa situação deve-se ao mau uso dos recursos naturais, citando como causas a abertura de grandes áreas para implantação de pastagens ou agricultura convencional, extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária, poluição, incêndios florestais, formação de lagos para hidrelétricas e mineração de superfície.
Estes fatores reduzem o total de habitats disponíveis às espécies e aumentam o grau de isolamento entre suas populações, diminuindo o fluxo gênico entre estas, o que pode acarretar perdas de variabilidade genética e, eventualmente, a extinção de espécies.
Políticas de conservação - A Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção é um dos mais importantes instrumentos utilizado pelo governo brasileiro para a conservação da biodiversidade, onde são apontadas as espécies que, de alguma forma, estão ameaçadas quanto à sua existência.
Para a sua elaboração o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o seu Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em parceria com a Fundação Biodiversitas para a Conservação da Diversidade Biológica, com a Sociedade Brasileira de Zoologia e com a Conservação Internacional do Brasil, valeram-se de centenas de especialistas, em período superior a um ano que, após criterioso trabalho científico, produziram a versão inicial da lista.
Primeira lista - A primeira lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção é de 1968 (Portaria IBDF nº 303) e contava com 44 espécies. A primeira lista publicada no âmbito do Ibama (Portaria nº 1.522) ocorreu em 1989, com 206 espécies animais sob ameaça de desaparecimento, dentre vertebrados e invertebrados, das quais sete espécies consideradas como provavelmente extintas.
FONTE: http://www.campograndenews.com.br/cidades/mato-grosso-do-sul-tem-27-animais-em-perigo-de-extincao-11-04-2008