Willams Araújo
Apesar de perder um forte aliado para incrementar seu projeto de concorrer ao governo do Estado nas eleições de 2010, o governador Zeca do PT colocou gosto ruim no pacto político firmado entre PMDB e PR em apoio à candidatura do governador André Puccinelli à reeleição.
Zeca avalia que o PR, para onde o governador mandou seu secretário de Obras, Edson Giroto, a fim de postular cargo eletivo no próximo pleito, irá dividido para a campanha do ano que vem. Segundo ele, as bases do partido devem apóiá-lo ao governo.
Ele garante ter visitando vários municípios onde teria manifestações de apoio a sua candidatura.
“Estou hoje em Itaquiraí e nos dois últimos dias estive em Mundo Novo e Eldorado. Já passei por vários outros municípios e a avaliação que faço é que, se o PR ficar ao lado de Puccinelli, vai haver racha, porque a base, o interior, esta totalmente contra esta aliança”, disse.
Zeca disse ter a sensação, em suas andanças, de que todos estão do lado do PT.
“Existe um descontentamento nessa proposta de fazer aliança com PMDB”, acrescento, referindo-se aos republicanos do interior por onde tem passado.
Para analistas, o peso da aliança entre PMDB e PR, capitaneado pelo deputado estadual Londres Machado, deve unir os petistas em torno da campanha eleitoral do ano que vem.
A maior prova disso é a postura assumida pelo senador Delcídio do Amaral, que já fala em unidade em torno do nome do ex-governador, 24 horas depois de o secretário de Obras, Edson Giroto assinar ficha de filiação no PR, visando disputar cargo eletivo em 2010.
Em entrevista à imprensa, Delcídio sinalizou ontem que o PT agora caminhará unido em apoio a Zeca, ano que vem.
Na pratica, os petistas não gostaram do que chamam de “manobra” o acordo selado entre PMDB e PR, por entender que Giroto na condição de candidato à Câmara dos Deputados, deve atrapalhar as pretensões de correligionários.
Antes disso, segmentos do PT ainda nutriam esperança de aliança com o PMDB, como deseja o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fortalecer a campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, ao Palácio do Planalto.
O projeto envolvia a reeleição tranqüila de Delcídio do Amaral e do deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT), que defendia publicamente apoio à reeleição de André Puccinelli e que agora vê sua situação complicada por causa da possível candidatura de Giroto ao mesmo cargo.
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