Investigação da Camargo Corrêa envolve 7 cidades de MS
As investigações sobre financiamento de campanha pela construtora Camargo Corrêa, em troca de obras públicas, já envolvem sete municípios de Mato Grosso do Sul.
A Polícia Federal já verificou doações feitas para candidatos e comitês de Rio Verde, Glória de Dourados, Alcinópolis, Ribas do Rio Pardo, Deodápolis, Bandeirantes e Aral Moreira.
O comitê do então candidato Edson Luiz de David (PTB), eleito prefeito de Aral Moreira, recebeu R$ 20 mil da construtora. Outros R$ 25 mil foram doados ao comitê do PR de Bandeirantes, que elegeu Flávio Gomes como prefeito.
Maria das Dores de Oliveira Viana, candidata do PT derrotada à prefeitura de Deodápolis e o ex-prefeito de Rio Verde, Mário Alberto Kruger (PPS), teriam recebido R$ 20 mil.
Arceno Athas Júnior (PSB), que também foi vitorioso nas eleições em Glória de Dourados, teria recebido R$ 20 mil. O mesmo valor foi doado a Manoel Nunes da Silva, prefeito eleito pelo PR em Alcinópolis.
Em Ribas do Rio Pardo, Roberson Luiz Moreira (PPS) também foi vitorioso, e teria recebido R$ 20 mil da Camargo Corrêa.
A empresa e os políticos envolvidos são acusados de se beneficiar com desvio de recursos públicos para custar de forma ilegal a disputa em municípios de todo o País, com envolvimento de sete partidos, por enquanto.
O caso é investigado pela Polícia Federal na Operação Castelo de Areia, que já prendeu 10 pessoas, entre empresários e políticos.
As doações feitas no Estado até agora são consideradas “café pequeno” diante de repasses que chagaram a R$ 500 mil, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O maior valor descoberto até agora foi à candidata a prefeitura de Curitiba, no Paraná, Gleisi Hoffmann, que perdeu para o tucano Beto Richa.
Gleisi recebeu R$ 150 mil no dia 30 de julho, outros R$ 150 mil no dia 22 de agosto e mais R$ 200 mil no dia 29 do mesmo mês.
O eleito Beto Richa também recebeu dinheiro da construtora durante as eleições.
A Camargo Corrêa, responsável pela construção da Linha Verde, principal obra viária de Curitiba, que liga o norte ao sul da cidade, e a Construtora Triunfo doaram cada uma R$ 300 mil para a campanha do tucano.
De acordo com o Ministério Público Federal, entre os partidos que teriam recebido dinheiro por fora, em doações ilegais, estão PPS, PSB, PDT, DEM, PP, PMDB e PSDB.
Os partidos garantem que a doação foi feita obedecendo à legislação em vigor. Só em 2006, a Camargo Corrêa doou R$ 6,9 milhões e em 2008, ficou novamente entre as maiores doadoras em campanhas políticas.
As suspeitas de “troca de favores” começaram diante de levantamento que mostrou que R$ 129 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foram repassados à construtora nos últimos três anos.
CG News
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