sexta-feira, 4 de julho de 2008

Pleito eleitoral de 2008 aproxima os rivais PT e PMDB em MS

O pleito de 2008 significa uma inequívoca aproximação entre PT e PMDB em Mato Grosso do Sul, como era impensável no auge da rivalidade Zeca-André.

Demonstra-o a disparidade entre os casos em que são adversários, em 10 municípios (de 78), e os que são aliados, pelo menos 19, sendo que trocam cabeça de chapa e vice em 11, conforme dados fornecidos pelas legendas.

Entretanto, o quadro ainda pode mudar, já que mesmo a dois dias de encerrar o prazo de registro de candidatura, as alianças ainda não estão completamente alinhavadas.

Vide a situação de Bonito, em que o PT ainda não decidiu sobre apoiar o PDT ou o PMDB. Provisoriamente, o diretório regional informa adesão ao PMDB.

Aqui não está sendo considerado o caso de Juti, em que também pode haver aliança. Nesse município, PMDB tem candidato próprio e PT não tem candidato. Fonte do diretório regional do PT alegou dificuldade na comunicação com o diretório municipal.

A adesão do PMDB ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006 foi o estopim da aproximação entre as siglas. Mesmo em Campo Grande, em que PT e PMDB representam as principais forças no pleito deste ano, durante a fase prévia de negociações foi aventada uma aliança.

Entretanto, na Capital, prevaleceu a rivalidade e o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) concorre com Pedro Teruel (PT), além de três outros candidatos, do PSol, do PSTU e do PMN.

Dentre as grandes cidades, Três Lagoas também verá o embate petista-peemedebista. A prefeita Simone Tebet (PMDB) concorre com Gilmar Tosta (PT).

Além de Três Lagoas e Campo Grande, PT e PMDB vão se enfrentar, como cabeças de chapa, em Terenos, Vicentina, Taquarussu, Mundo Novo, Pedro Gomes, Rio Negro, Bela Vista e Ladário.

Porém, o PT indica o vice do PMDB em Brasilândia, Corguinho, Novo Horizonte do Sul, Rochedo, Nioaque, Guia Lopes da Laguna. O PMDB, por sua vez, indica o vice do PT em Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Japorã, Nova Alvorada do Sul e Santa Rita do Pardo.

Mesmo em Corumbá, considerado reduto petista, o prefeito Ruiter Cunha (PT) não abriu mão do aliado e acabou “destituindo” o PDT, que ocupava a vice, para ceder o espaço ao PMDB do governador André Puccinelli. O vice de Ruiter é o peemedebista Ricardo Éboli.

Em Dourados, o PT tem candidatura própria, com Wilson Biasotto, porém, na segunda maior cidade do Estado, o PMDB abriu mão da candidatura em favor de Murilo Zauith (DEM).

Ao todo, o PMDB vai lançar candidatura em 42 municípios do Estado, sendo que destes, tenta manter 23 das 24 Prefeituras que administra, com exceção de Alcinópolis, onde apóia Laércio Mota Castro, do DEM.

Ninho complacente

Petistas e tucanos também terão uma relação de amor e ódio em Mato Grosso do Sul nessas eleições. PT e PSDB podem estar juntos em 8 municípios, como já foi divulgado entretanto, também se enfrentam nas cabeças de chapa em 10 municípios.

O PSDB vai lançar candidato a prefeito em 29 municípios e enfrenta o PT, entre outros candidatos, em Antônio João, Deodápolis, Paranhos, Porto Murtinho, Bataguassu, Corumbá, Itaquiraí, Nova Alvorada do Sul, Pedro Gomes e Santa Rita do Pardo. As informações são do diretório regional do PSDB.

Dentre os 29 municípios com candidato próprio, os tucanos tentarão manter todas as 12 Prefeituras que administra. Nesse aspecto, os petistas, dos 13 municípios que administra, abriram mão de candidatura própria apenas em Cassilândia, onde está com o PPS. Mas, ao todo, o PT lança candidato próprio em 25 municípios.

Aliados ou concorrentes, apenas 10 municípios do Estado não terão candidatos de qualquer dos três maiores partidos de Mato Grosso do Sul – PT, PMDB e PSDB.

Campo Grande News

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