Ministro anuncia envio de 110 homens da Força Nacional para MS
Eles reforçarão a segurança em Sidrolândia (MS), disse Cardozo (Justiça). Região é palco de conflitos entre indígenas e policiais em área ocupada.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta terça-feira (4) que o governo federal enviará ao Mato Grosso do Sul 110 homens da Força Nacional para reforçar a segurança no município de Sidrolândia.
A região tem sido palco de conflitos entre a polícia e indígenas. No último dia 30, o índio Oziel Gabriel, de 36 anos, morreu em confronto com a polícia, durante cumprimento de mandado de reintegração de posse de uma área ocupada pelos índígenas. Nesta quarta, de acordo com a Fundação Nacional do Índio Funai), outro índio foi baleado.
A Secretaria de Segurança do Mato Grosso do Sul determinará a função que o efetivo da Força Nacional desempenhará na região, de acordo com o ministro. O pedido de envio dos homens foi feito pelo governador do estado, André Puccinelli (PMDB).
"O governador Puccinelli pediu à Força Nacional para que nós pudéssemos atuar na região de Sidrolândia tendo em vista a elevação do conflito hoje [quarta, 4] à tarde. O pedido já chegou, nós deferimos e amanhã [quarta, 5] de manhã já estarão embarcando homens da Força Nacional”, afirmou Cardozo após reunião com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no Palácio do Planalto.
Não há prazo definido para a atuação da Força Nacional na região. “Eles ficarão o tempo necessário”, disse.
O ministro determinou que a Polícia Federal entre em contato com a Secretaria de Segurança Pública do estado para discutir um aumento da quantidade de policiais federais na região.
“Nós devemos – além dos 110 homens da Força Nacional, que ficarão subordinados ao comando do estado – encaminhar uma elevação de efetivo da Polícia Federal”, afirmou.
José Eduardo Cardozo disse que participará na próxima quinta-feira (6) de uma reunião com os índios da etnia terena e com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) para buscar "um equacionamento pacífico para a situação de exacerbação de conflito que nós temos neste momento".
Gilberto Carvalho
O ministro Gilberto Carvalho afirmou nesta terça-feira, em discurso dirigido a mais de 100 índios da etnia Munduruku, no Palácio do Planalto, que a operação reintegração de posse na fazenda Buriti “não foi adequada”.
“Nós sabemos o erro que foi essa desgraça dessa morte desse companheiro terena, agora, quando um juiz de primeira instância mandou a reintegração de posse. E a presidente falou para o ministro [José Eduardo Cardozo]: ‘não devia ter obedecido’. Porque para fazer uma operação como aquela lá, fatalmente poderia dar em uma morte. Infelizmente deu”, afirmou Carvalho.
De acordo com o ministro, “infelizmente a operação que foi feita lá não foi adequada porque nenhuma operação que resulta numa morte é uma operação adequada”, disse a jornalistas após a reunião com os indígenas.
Questionado se o governo poderia deixar de cumprir a decisão judicial, Carvalho afirmou que é possível “negociar condições” para que se evite mortes. “Estamos muito impactados com essa morte”, afirmou.
“O que o governo pode fazer é fazer um processo de diálogo com o poder local, com o governo local. É esgotar também as instâncias de recursos e depois então fazer o cumprimento da maneira mais bem preparada para evitar esse tipo de conflito”.
A Secretaria de Segurança do Mato Grosso do Sul determinará a função que o efetivo da Força Nacional desempenhará na região, de acordo com o ministro. O pedido de envio dos homens foi feito pelo governador do estado, André Puccinelli (PMDB).
"O governador Puccinelli pediu à Força Nacional para que nós pudéssemos atuar na região de Sidrolândia tendo em vista a elevação do conflito hoje [quarta, 4] à tarde. O pedido já chegou, nós deferimos e amanhã [quarta, 5] de manhã já estarão embarcando homens da Força Nacional”, afirmou Cardozo após reunião com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no Palácio do Planalto.
saiba mais
Uma parte dos homens viajará para Mato Grosso do Sul ainda na noite desta terça-feira, por via terrestre, de acordo com Cardozo, e outra parte irá nesta quarta-feira (5), de avião.Não há prazo definido para a atuação da Força Nacional na região. “Eles ficarão o tempo necessário”, disse.
O ministro determinou que a Polícia Federal entre em contato com a Secretaria de Segurança Pública do estado para discutir um aumento da quantidade de policiais federais na região.
“Nós devemos – além dos 110 homens da Força Nacional, que ficarão subordinados ao comando do estado – encaminhar uma elevação de efetivo da Polícia Federal”, afirmou.
José Eduardo Cardozo disse que participará na próxima quinta-feira (6) de uma reunião com os índios da etnia terena e com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) para buscar "um equacionamento pacífico para a situação de exacerbação de conflito que nós temos neste momento".
Gilberto Carvalho
O ministro Gilberto Carvalho afirmou nesta terça-feira, em discurso dirigido a mais de 100 índios da etnia Munduruku, no Palácio do Planalto, que a operação reintegração de posse na fazenda Buriti “não foi adequada”.
“Nós sabemos o erro que foi essa desgraça dessa morte desse companheiro terena, agora, quando um juiz de primeira instância mandou a reintegração de posse. E a presidente falou para o ministro [José Eduardo Cardozo]: ‘não devia ter obedecido’. Porque para fazer uma operação como aquela lá, fatalmente poderia dar em uma morte. Infelizmente deu”, afirmou Carvalho.
De acordo com o ministro, “infelizmente a operação que foi feita lá não foi adequada porque nenhuma operação que resulta numa morte é uma operação adequada”, disse a jornalistas após a reunião com os indígenas.
Questionado se o governo poderia deixar de cumprir a decisão judicial, Carvalho afirmou que é possível “negociar condições” para que se evite mortes. “Estamos muito impactados com essa morte”, afirmou.
“O que o governo pode fazer é fazer um processo de diálogo com o poder local, com o governo local. É esgotar também as instâncias de recursos e depois então fazer o cumprimento da maneira mais bem preparada para evitar esse tipo de conflito”.
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