quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mais um índio é morto a tiros em Mato Grosso do Sul
 
Celso Bejarano
Do UOL, em Campo Grande

Conflitos indígenas no Brasil104 fotos

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4.jun.2013 - Índios da tribo mundurucu dançam durante chegada à Base Aérea de Brasília para reunião com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O principal pedido dos índios é a suspensão de todos os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia, incluindo Belo Monte, até que o processo de consulta prévia aos povos tradicionais seja regulamentado Leia mais Antonio Cruz/ABr
Doze dias depois do assassinato do índio terena Oziel Gabriel Alves, 34, num conflito com policiais que cumpriam ordem de reintegração de posse, na fazenda Buriti, em Sidrolândia (MS), outro índio foi morto a tiros na manhã desta quarta-feira (12), em Paranhos, também em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai.
Um investigador da Polícia Civil da cidade, distante 477 km de Campo Grande, confirmou a morte do índio guarani-kaiowá Celso Rodrigues, 42. A assessoria de imprensa do Cimi (Conselho Missionário Indigenista) em Brasília também confirmou o assassinato.
Rodrigues e o pai seguiam da aldeia Paraguassú, onde iam receber dinheiro por um serviço prestado. Perto de um córrego, ainda na aldeia, Rodrigues foi atacado por dois homens que usavam capuzes. O índio levou um tiro, caiu e depois foi atingido por dois ou três tiros e morreu no local. O pai dele escapou porque correu de volta para a aldeia.
Até o início da noite, a polícia de Paranhos não tinha pista dos pistoleiros e ainda não trabalhava com a hipótese de o caso ter ligação com disputa por terra. Na região, já houve conflitos entre índios e fazendeiros com mortes.
Em novembro de 2009, os índios Olindo e Genivaldo Verá, primos e professores, foram atacados por homens armados enquanto os dois e mais 18 guarani-kaiowá invadiam a fazenda São Luiz, tida como território indígena. O grupo foi recebido a bala. O corpo de Genivaldo  foi achado quinze dias depois boiando num rio da região, mas o do primo ainda hoje está desaparecido.
Em agosto do ano passado, os índios ocuparam outra fazendas e o caso exigiu a presença da Força Nacional de Segurança.
 

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