Campo Grande e Praia Grande - A cada três minutos é registrado um caso de suspeita de dengue no Mato Grosso do Sul, conforme boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde. São 491 casos por dia, o que também corresponde a 20 notificações por hora. Os óbitos em consequência da doença somaram sete casos desde janeiro e existem mais oito sendo investigados como vítimas da dengue tipos 1 e 2.
O total das suspeitas é de 28.496, liderado por Campo Grande, que responde por 61,1% dos casos (17.429), com três mortes confirmadas por exames. Em Dourados ocorreram dois óbitos; em Rio Brilhante, um; e em Corumbá, um, no Pantanal do Estado. Esta última morte motivou preocupações das autoridades de saúde porque a doença matou um homem de 39 anos na semana passada, que há dois anos não saía da fazenda onde morava, a 80 quilômetros de Campo Grande.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá, historicamente não havia registro de dengue no Pantanal. Na quarta-feira, uma equipe técnica foi até a fazenda e não encontrou focos da doença. Os fundos da propriedade rural, de onde o homem chegou com febre alta, depois de um dia de trabalho, foi minuciosamente examinado e também nada foi encontrado. Na fazenda, cinco famílias tiveram dengue durante o mês passado.
Litoral de SP
A Secretaria da Saúde de Praia Grande, no litoral de São Paulo, vai instalar barracas de campanha para atender os pacientes com dengue. A medida, de acordo com o secretário Adriano Springmann Bechara, objetiva descongestionar as unidades de pronto atendimento, que nesta semana vêm registrando uma espera de até oito horas, como aconteceu na terça-feira no pronto-socorro do Jardim Quietude, um dos mais movimentados do município. Não havia assentos suficientes para atender toda a demanda de doentes.
Com apenas 63 casos confirmados este ano, a cidade já registra mais de 500 pessoas com suspeita da doença. As tendas serão armadas junto ao pronto-socorro do Jardim Quietude e à Unidade de Saúde da Família do Jardim Samambaia. Elas terão cem metros quadrados de área, com salas para consultas e hidratação (aplicação de soro).
João Naves de Oliveira e Zuleide de Barros
* do UOL Ciência
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