Valdelice Bonifácio
Independente da decisão do governador André Puccinelli (PMDB), o BDR (Bloco Democrárico Reformista), composto por PSDB, DEM e PPS, partidos que hoje compõem a base de sustentação política do peemedebista, promete definir sua participação nas eleições de 2010 no início do ano que vem. É o que explica a senadora Marisa Serrano (PSDB).
Neste período, o PSDB deve decidir quem será seu candidato a presidente da República. Hoje, o partido vive indefinição entre os governadores José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais). Em Mato Grosso do Sul, o bloco pretende acompanhar a movimentação nacional e dar a partido rumo às eleições junto com os tucanos.
Marisa Serrano esclare que por hora não há nada amarrado com André Puccinelli. O governador ainda não declarou publicamente apoio ao presidenciável do PSDB como exige o bloco. Esta é a condição para que o grupo participe de seu projeto de reeleição.
O governador, por muito tempo, aguardou os petistas sinalizarem a possibilidade de aliança no Estado. Se isso tivesse ocorrido, André apoiaria Dilma Rousseff à presidência da República. Atualmente, os petistas se organizam para lançar Zeca do PT ao governo o que inviabiliza a aliança.
Mas, ainda há quem defenda a aliança entre PT e PMDB no Estado. Hoje mesmo, o jornal Estado de São Paulo veiculou entrevista com o deputado federal José Genoino (SP) militante histórico no PT na qual ele sugere que a sigla deveria recuar da candidatura em MS e apoiar André Puccinelli.
Marisa avalia que tal fato não interfere no posicionamento do bloco. “Mesmo que ele não esteja com o PT, se não sinalizar a aliança conosco no início do ano que vem, vamos preparar nossa candidatura ao governo do Estado”, mencionou Marisa.
Ela é um dos nomes cotados para representar o partido na disputa pelo governo. O bloco precisa oferecer um palanque ao presidenciável do PSDB. Assim, se não puder contar com André, lança candidato ao governo.
Na hipótese não estarem aliados ao PMDB, o bloco lançará dois nomes ao Senado: o vice-governador Murilo Zauith (DEM) e o advogado Carmelino Resende (PPS).
Além do mais, o bloco já amarra, conforme a senadora, uma chapa competitiva de deputados federais e estaduais. À Câmara Federal concorrerá, por exemplo, o presidente regional do PSDB, hoje deputado estadual Reinaldo Azambuja. Ele foi o parlamentar mais votado nas eleições de 2006 obtendo cerca de 47 mil votos.
Marisa Serrano que é vice-presidente nacional do PSDB defende a postura do partido de não antecipar a escolha do candidato a presidente. “Tudo tem o tempo certo. Se a gente decidir agora, o candidato vai enfrentar uma metralhadora. É uma forma de preservar o nosso candidato”, aponta.
Alessandra de Souza
Marisa Serrano defende que PSDB só escolha candidato a presidente no ano que vem
A senadora reclama que o presidente Lula tem feito campanha antecipada para fazer Dilma Rousseff subir nas pesquisas. “Mas, nós não agiremos assim. Faremos uma campanha mais curta porém, eficiente”, afirma a tucana.
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