quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Rigo diz que Schimidt “é a rainha da Inglaterra” do PDT



Deputado Ary Rigo diz que, na prática, Schimidt terá cargo figurativo até julgamento do pedido de intervenção


Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009 15:12
Paulo Fernandes e Fernanda França
Fernando Dias


O deputado estadual Ary Rigo afirmou, nesta quarta-feira, que o presidente de honra do PDT, João Leite Schimidt - nomeado para representar a Executiva nacional e comandar o partido até o julgamento do pedido de intervenção feito pelo grupo do deputado federal Dagoberto Nogueira, será “uma rainha da Inglaterra”, ou seja, sem poder de decisão.

Rigo também afirmou que a manobra de Dagoberto para tentar conseguir o controle do partido foi um suicídio político, um verdadeiro desastre.

Ele disse que o pedido de intervenção ainda será julgado, no prazo de 10 dias, pelo Conselho de Ética do partido e só então poderá haver realmente uma intervenção, mas que está tranquilo. “Até porque não cometi nenhum pecado”, disse.

Segundo Rigo, o presidente nacional licenciado, ministro Lupi (Trabalho), havia falado em intervenção antes de conhecer toda a história e tomar conhecimento da versão do grupo dele. E agora “não dava mais para recuar” e por isso resolveu tomar uma medida que não pendesse para nenhum dos grupos.

O PDT de Mato Grosso do Sul está dividido entre os dois grupos: o de Dagoberto e o de Ary Rigo. “O dia que o Dagoberto criar juízo e não pensar só nele, podemos nos entender sem problemas”, afirmou o parlamentar estadual.

Com maioria no partido, Rigo descarta qualquer possibilidade de ele e de seus aliados deixarem a legenda.

Rigo afirma que de cada 10 prefeitos pedetistas, nove estão com ele; de cada nove vice-prefeitos, oito são do grupo dele e mais de 80 vereadores apóiam o deputado estadual.

Por trás da disputa está o interesse de Dagoberto de sair candidato a senador na chapa encabeçada pelo ex-governador Zeca do PT.

Por isso mesmo, ele quer antecipar a decisão do partido sobre as coligações.

Rigo quer deixar essa decisão para 2010.

“Se nós ajudamos a eleger o André (Puccinelli, governador), temos o dever de ajudá-lo no governo e ele tem o dever de ajudar os nossos prefeitos e o nosso partido, como tem feito”, afirmou.

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