Quarta-feira, dia 23 de Setembro de 2009 às 10:10hs
Clodoaldo Silva
A Executiva Nacional do PDT decidiu na noite de ontem (22/09) pela intervenção no Diretório Estadual da legenda em Mato Grosso do Sul. A decisão foi unânime. Os dirigentes pedetistas afirmaram que a intervenção foi motivada pela urgência do caso.
O atual presidente, o deputado Ary Rigo, ex-presidente da Assembléia Legislativa de MS foi afastado hoje e o comando do partido no Estado ficará sob responsabilidade de João Leite Schimidt, indicado pela direção nacional.
Após a decisão da Executiva, o secretário-geral da Legenda, Manoel Dias, afirmou que: “A Executiva Nacional tomou a deliberação primeiro em função da urgência que o caso exige.
Nós estamos nos prazos finais para a filiação partidária daqueles que pretendem disputar as eleições do ano que vem e com o agravamento da situação do Estado de Mato Grosso do Sul, a executiva teve de fazer, é o seu dever, uma intervenção política”
Por causa das questões legais, o Diretório Nacional ‘de oficio’, ressaltou Dias, “avocou para a Executiva Nacional o comando partidário do PDT em Mato Grosso do Sul e vai designar um de seus membros – do partido - para desempenhar a missão, comandar a legenda, no vácuo que fica até a proposta e a consumação do processo. Com a decisão do Nacional de avocar, acabou a direção estadual do partido. As decisões políticas e administrativas do partido, lá, passam a ser dirigidas pela Direção Nacional”.
Em nota, a Executiva divulgou que anunciado um comunicado no meio da reunião. “Enquanto o processo tramita, o Diretório Nacional avoca as funções jurídicas e administrativas do Diretório Regional de Mato Grosso do Sul”, confirmando a nomeação de Schimidt e enfatizando que “o Tribunal Regional será comunicado dessa decisão nas próximas 48 horas”.
Para o deputado Dagoberto, a decisão é a vitória do bem sobre o mal. “Na realidade, os ideiais do partido foram assegurados. Esta é a oportunidade dos oportunistas deixarem o partido”, destacou Dagoberto. Os onze integrantes da Executiva Nacional que estavam na reunião votaram a favor.
Sobre novas eleições, Dias enfatizou que “Legalmente, avocando e designando esta pessoa – do partido -, aí vamos tomar as medidas legais, instalação e notificação para que se cumpra os prazos estabelecidos no estatuto do partido e no Código Civil”
Para Dias, a intervenção foi adotada em virtude de prazos legais, uma vez que não havia consenso. “A decisão foi encontrar uma saída política. O problema legal às vezes esbarra no prazo político. O partido ao tomar esta decisão assumiu o comando e fortaleceu, no caso especial, o deputado Dagoberto, que é hoje nosso líder na Câmara dos Deputados, é uma decisão política. Obedecidos os trâmites legais, fica demarcado que o partido, a partir desta decisão, toma uma posição de procurar acabar com os atritos em Mato Grosso do Sul e fortalecer o líder na Câmara dos Deputados”.
Eleições 2010
Em relação as eleições do próximo ano, Dias enfatizou que: “O partido ainda não tem decisão em relação ao ano que vem. Primeiro, estamos no Governo (federal) e até seria natural uma aliança com o Governo, mas a decisão depende da Convenção Nacional. Politicamente hoje, o partido não tem nenhuma posição. Nós vamos, no tempo hábil, decidir esta questão”, enfatizando que: “os estados não estão sujeitos aos que o partido venha decidir nacionalmente. Hoje não existe mais o princípio da verticalização, então os estados vão encaminhar suas alianças na medida que interessarem, priorizando a eleição para o Congresso Nacional, senadores e deputados federais. Acredito que esta será a linha. Nas demais alianças, vamos discutir no tempo hábil”.
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