Domingo, 06 de Janeiro de 2008 - 10:15 hs |
O índice de infestação predial do mosquito da dengue (Aedes Aegypt) é zero em 10 municípios do Estado, conforme o mais recente levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES), feito durante os meses de novembro e dezembro do ano passado. No primeiro semestre de 2007, apenas quatro cidades tinham o percentual nulo para a presença do vetor. A média de infestação do vetor no primeiro semestre do ano passado foi de 0,75% em todo o Estado, contra 0,53% no segundo semestre.
O avanço da doença também foi freado em grande parte das localidades. Entre janeiro e junho 42,3% dos 78 municípios de MS (33) apresentaram infestação menor que 1% – nível tido como aceitável, conforme parâmetro estabelecido pelo Ministério da Saúde. O restante deles ficou acima do recomendável e 11 cidades sul-mato-grossenses tiveram índice maior que 2%.
Já no último bimestre, a SES detectou que 67,9% dos municípios (53) tiveram a redução da presença do mosquito para menos de 1%, sendo que somente em quatro localidades foi detectado percentual acima de 2%.
De acordo com o superintendente de Vigilância Sanitária da SES, Eugênio Barros, "a média no Estado é boa, mas ainda existem aqueles municípios com mais de 2%, enquanto outros já com índice zero". Para ele, o ideal é que a dengue tivesse infestação nula.
Dos 78 municípios do Estado, 20 já estão fazendo o Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Lira) para verificar a presença do mosquito na localidade, segundo informou Eugênio Barros. Entre eles estão: Campo Grande, Ponta Porã, Dourados, Três Lagoas, Naviraí e Corumbá. As cidades com menos de 5 mil habitantes não têm condições de realizar o Lira, conforme ele.
Combate à doença
No trabalho contra à dengue em Mato Grosso do Sul estão atuando mais de 5 mil pessoas; 3,5 mil agentes comunitários e cerca de 2 mil agentes de endemias. Conforme o superintendente, as pendências (imóveis que não puderam ser visitados pelos agentes por estarem fechados) caíram bastante no final de 2007 com o auxílio da Justiça. "As autorizações judiciais permitiram a entrada nessas residências fechadas e o mapeamento do índice de forma mais completa", destacou. O trabalho dos agentes comunitários e de endemia acontece a cada dois meses nas residências, de acordo com a SES, que informou ser ideal a visita de 80% dos imóveis para o levantamento e combate ao vetor.
Infestação
Dados da Secretaria de Estado de Saúde apontam que o índice zero da presença do mosquito ocorre nos seguintes municípios: Alcinópolis, Bandeirantes, Caracol, Figueirão, Japorã, Jaraguari, Novo Horizonte do Sul, Porto Murtinho, Taquarussu e Três Lagoas. Já aquelas cidades que possuem maior percentual de infestação são: Coxim (2,4%), Mundo Novo (2,2%), Pedro Gomes (2,2%) e Paranaíba (2,21%).
Capital
A presença dos criadouros do Aedes Aegypti em Campo Grande, que durante o primeiro semestre de 2007 teve índice médio de 0,4%, nos últimos dois meses caiu para 0,38%, conforme dados da SES. Os imóveis pendentes na Capital correspondem a 16,49% do total. Os casos da doença confirmados na Capital foram 36 (no período de novembro e dezembro do ano passado). Na mesma época de 2006, eram 1,5 mil pessoas doentes.
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