Todos os delegados que Mato Grosso do Sul já votaram na convenção nacional do PMDB que deve reeleger o presidente da Câmara Federal Michel Temer ao comando do partido. O governador André Puccinelli (PMDB) que votou logo cedo permanece em Brasília. Ele só retorna a Campo Grande à noite junto com toda a delegação.
André, aliás, foi o primeiro dos delegados de MS a declarar voto em Temer, o que pode ter influenciado o restante do grupo. O PMDB de MS definiu em reunião da Executiva votar a favor do presidente da Câmara.
Entre os delegados titulares apenas o senador Valter Pereira, a deputada estadual Celina Jallad e o prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad não compareceram, mas foram substituídos pelos suplentes. O diretório de MS tem 13 delegados, totalizando 27 votos (os delegados tem direito a mais de um voto). No total, 570 delegados de todo País devem votar. O pleito pode terminar com até 797 votos.
Daqui a pouco toda a delegação de MS segue para a residência do deputado e também delegado do PMDB, Waldemir Moka, em Brasília. O parlamentar deve servir uma feijoada ao grupo.
Presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, relata que Temer discursou na abertura da convenção. “Ficou claro que estamos apenas renovando o diretório nacional sem qualquer relação com a convenção de junho”, explicou.
Temer lidera o grupo que defende a aliança com o PT para as eleições presidenciais. Ele inclusive é cotado para vice da presidenciável petista Dilma Rousseff.
“Encerradas as eleições internas, vamos iniciar o processo de discussão das posições diferentes”, diz Esacheu. O PMDB hoje é dividido entre o grupo que quer aliança com Dilma, os simpatizantes do presidenciável tucano, José Serra e os defensores da candidatura própria à presidência, liderada pelo governador do Paraná Roberto Requião que se apresentou para concorrer ao posto.
O PMDB de MS aprovou indicativo de apoio à candidatura própria. André Puccinelli até declarou apoio a Requião. Porém, dias depois se classificou como indefinido no que diz respeito às eleições presidenciais.
O dirigente diz que a convenção transcorre em clima de tranqüilidade e acredita na reeleição de Temer.
Briga judicial
A realização da convenção hoje foi marcada por uma polêmica: uma ala do partido contrária à chapa com o PT questionou na Justiça a antecipação da convenção inicialmente marcada apenas para março.
Ontem (5), o Tribunal de Justiça chegou a conceder a liminar suspendendo a convenção, mas à noite o Superior Tribunal de Justiça cassou a liminar e manteve o evento para hoje.
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