segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Novo presidente nacional do PT não vai insistir por aliança em MS - Valdelice Bonifácio

Presidente eleito para presidir o diretório nacional do PT, o ex-senador José Eduardo Dutra não insistirá na união entre petistas e o PMDB em Mato Grosso do Sul. Pelo menos foi o que ele disse ao vice-prefeito de Corumbá, Ricardo Eboli (PMDB) com quem se encontrou casualmente no Rio de Janeiro, no sábado.

O diálogo foi relatado pelo próprio Ricardo Eboli. Ele conta que argumentou que em Corumbá, por exemplo, os dois partidos são aliados tanto que ele é vice de Ruiter Cunha (PT). Mas, Dutra deixou claro que não pretende trabalhar neste sentido.

Como se sabe, a cúpula do PT nacional tem interesse em viabilizar a aliança com o PMDB no maior número possível de estados, como forma facilitar o acordo nacional em torno da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável presidenciável do PT. Porém, há locais onde a aproximação entre as duas siglas esbarra em desavenças políticas, MS é um deles.

“Ele foi incisivo, até justifiquei, que na maioria dos municípios do estado, como em Corumbá, Campo Grande e Três Lagoas, ações conjuntas entre as administrações Federal e Estadual, com apoio da Bancada de parlamentares petistas e peemedebistas têm trazido benefícios as cidades”, disse Eboli.

Conforme o vice-prefeito, Dutra destacou que a rivalidade pessoal entre o governador André Puccinelli (PMDB) e o ex-governador Zeca do PT “é histórica, impede a aliança entre os partidos”.

Eboli que ainda está no Rio de Janeiro, deve vir a Capital onde procurará o presidente estadual do PMDB Esacheu Nascimento a quem relatará o teor do encontro. “Vou dizer a ele que por tudo o que eu ouvi só nos resta procurar outras parcerias e abandonar a tentativa de aliança com o PT”, menciona.

Os petistas organizam o lançamento de Zeca do PT e rejeitam qualquer possibilidade de aliança. Mas, o governador André Puccinelli, embora já tenha desafiado o ex-governador para o confronto eleitoral, afirma que só aguarda um eventual acordo atendendo a pedido do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Dilma Rousseff.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O dilema atroz de André: "Ficará difícil ele fazer oposição a alguém que ajudou tanto o Estado como a Dilma”

Petista duvida que Dilma consiga dois palanques em MS

Valdelice Bonifácio

O deputado estadual Paulo Duarte (PT) disse hoje durante sessão plenária na Assembleia Legislativa que está convencido de que Dilma Rousseff não terá dois palanques em Mato Grosso do Sul, como pretendem as cúpulas do PT e PMDB. “Isso não vai acontecer. Aqui o PMDB vai se unir ao PSDB que deve lançar José Serra. Dois palanques, no Estado, não vai ter”, opinou.

A construção de dois palanques é uma alternativa para estados onde PT e PMDB sejam adversários, como é o caso de MS. Aqui o governador André Puccinelli (PMDB) deve enfrentar Zeca do PT. O próprio governador já declarou que não receberá a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, provável candidata a presidente pelo PT, em seu palanque caso tenha Zeca como rival.

Já o deputado Amarildo Cruz (PT) acha que esta posição de André não é definitiva. Para ele, em pouco tempo, André Puccinelli vai se convencer que Dilma tem mais chances de vitória e vai apoiá-la. “Além do mais ficará difícil ele fazer oposição a alguém que ajudou tanto o Estado como a Dilma”, comentou Amarildo.

Por enquanto, André não declarou se já tem alguma definição entre Dilma e o presidenciável tucano. “Acho que ele está vivendo um grande dilema”, avalia Amarildo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Zeca procura Lúdio Coelho e propõe vice do setor rural - Ângela Kempfer-

Marcelo Victor
Em coletiva ontem, Zeca anunciou "golpe" contra planos do PMDB.

O grupo que articula a candidatura do ex-governador Zeca do PT ao governo em 2010 esteve reunido hoje com duas das principais lideranças do setor rural em Mato Grosso do Sul. Logo cedo, os petistas estiveram com o ex-senador Lúdio Coelho e com o presidente da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia.

Ontem, durante as eleições internas do PT, Zeca anunciou que terá um apoio inesperado que será como um “golpe” contra os planos de reeleição do PMDB no Estado.

Nesta manhã o ex-governador esteve no escritório de Lúdio, junto do senador Delcídio Amaral, do deputado federal Vander Loubet, do estadual Paulo Duarte e do pedetista Dagoberto Nogueira.

Zeca abriu a reunião falando sobre o que o PT defende para o setor e deixou clara a intenção de ter um representante dos produtores rurais como candidato a vice na chapa de oposição ao governador André Puccinelli.

“Queremos que um representante do setor seja candidato a vice e a receptividade à idéia foi ótima. Lúdio é um nome respeitado e pode indicar quem será o representante”, comenta Zeca.

Sobre a aproximação com um setor tradicionalmente distante da esquerda, o ex-governador diz que não perdeu a coerência. Na avaliação dele, ao ter uma pessoa do setor ao lado, fica "até mais fácil discutir conflitos como a questão indígena, por exemplo”, garante.

Entre os nomes citados como possíveis candidatos a vice estão o próprio Francisco Maia da Acrissul, que foi quem agendou a reunião de hoje, além do presidente da Famasul (Federação de Agricultura de MS), Ademar da Silva Júnior, do ex-vereador Edmar Neto - que é sobrinho de Lúdio Coelho, e do pecuarista Zelito Ribeiro do PTB de Aquidauana, que em outubro chegou a ser lançado como pré-candidato ao governo.

O encontro desta manhã abriu as negociações e também serviu para reforçar a disposição pela candidatura própria do PT. “Falamos que minha candidatura está em estágio avançado e também apresentamos o que pensamos para o setor quando voltarmos ao governo. Queremos discutir ICMS do combustível, a carga tributária e as demarcações, por exemplo”, detalha o ex-governador.

Entre os compromissos já assumidos, Zeca disse que será o interlocutor em Brasília em relação as demarcações em Mato Grosso do Sul, para evitar conflitos e preservar os diretos de índios e também dos produtores rurais.

Outra promessa para 2011, caso seja eleito, é de separar a Secretaria de Agricultura da pasta de Indústria e Comércio, já que hoje estão juntas na estrutura do governo estadual.

A aproximação com os ruralistas avança também no interior. Em Dourados, o ex-vereador pelo PMDB, Eduardo Marcondes e aliado político do vice-governador Murilo Zauith, declarou apoio a Zeca. Além de pecuarista, ele é suplente do senador Valter Pereira.

Zeca prevê surpresa, hoje, para desestruturar André


Segunda, 23 de Novembro de 2009 - 08:45 hs

O governador Zeca do PT e aliados anunciaram, por volta das 13h de ontem na Câmara Municipal de Campo Grande, que hoje haverá uma grande surpresa a favor da candidatura própria petista ao Governo do Estado em 2010. O anúncio deverá ser feito na manhã desta segunda-feira.

O senador Delcídio do Amaral, os deputados estaduais Paulo Duarte, Pedro Kemp e Pedro Teruel, do PT, e os deputados federais Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT), confirmaram a surpresa, mas reforçaram o mistério em torno do nome.

O primeiro a falar sobre o assunto, Loubet explicou que será uma sinalização clara da força da candidatura de Zeca do PT em 2010. "Revoluciona do outro lado e muda a nosso favor, com certeza", garantiu o ex-governador, prometendo que o anúncio político de hoje dará dores de cabeça ao adversário, o governador André Puccinelli (PMDB).

domingo, 22 de novembro de 2009

Marina Silva e PV discutem estratégia para eleição em MS - Edivaldo Bitencourt-

A senadora Marina Silva (PV), ex-ministra do Meio Ambiente e pré-candidata à presidência da República, terá uma agenda extensa na segunda-feira em Campo Grande. A programação começa com uma reunião, a partir das 8h30, no plenarinho da Câmara Municipal para conversar com os movimentos sociais, militantes do PV e organizações não-governamentais.


Segundo Eduardo Romero, cerca de 70 pessoas deverão participar do encontro. Na ocasião, a pré-candidata ouvirá representantes da sociedade sul-mato-grossense sobre o meio ambiente, questão indígena, direitos do consumidor, movimento sindical e mulheres.

Ela também apresentará um panorama da situação nacional e debaterá com os participantes sobre a situação de Mato Grosso do Sul. Depois, ela concederá entrevista coletiva, às 10h30, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, onde participará do 18º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos.

À noite, a senadora participa de um jantar na casa do presidente regional do PV, Marcelo Bluma, para discutir a estratégia eleitoral para 2010. Um dos temas será um palanque para a senadora no Estado, já que ela deverá enfrentar dois fortes candidatos a presidência, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (PT).

sábado, 14 de novembro de 2009

‘Partido está pacificado, isso não existe’, diz Biffi sobre motim - João Prestes

“Isso não existe. Foi feito um grande entendimento com a direção regional, a maioria dos diretórios está de acordo. O partido está pacificado, está unido”, disse o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT), a respeito das declarações do governador André Puccinelli (PMDB) e do vice-governador Murilo Zauith (DEM), anunciando um suposto “motim” no dia das eleições internas do PT.

“O André está dando uma de Mãe Diná, agora?”, brincou Biffi. “Ele está equivocado nas previsões dele”.

Entretanto, o parlamentar confirmou que há uma apreensão em relação ao que pode decidir – ou exigir – a direção nacional. Como PT e PMDB selaram um pré-acordo em nível nacional, em torno da candidatura da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para presidente da República, seria interessante que a aliança se repetisse nas bases.

No entender de Biffi – que sempre defendeu o entendimento com o PMDB – já está “um pouco tarde” para uma aliança e a candidatura de Zeca é o melhor caminho para o PT. “Do ponto de vista tático é de fundamental importância para o partido que o Zeca seja candidato. Para encabeçar chapa. Apesar de minhas divergências com ele”, frisou.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Senador Delcídio do Amaral no Painel do Paim

Acesse o site do Senador Delcídio do Amaral, clicando no seguinte LINK:

http://www.delcidio.com.br/web/

sábado, 7 de novembro de 2009

Presidente do PT de MS vai à reunião com Dilma, mas para ratificar candidatura própria










Celso Bejarano Jr.

O presidente do diretório regional do PT, o deputado estadual Amarildo Cruz, disse que vai a Brasília “ratificar” a decisão do partido que é a de lançar a candidatura de Zeca do PT ao governo do Estado no ano que vem. O comando nacional do partido promove reunião na terça-feira à noite e o principal assunto debatido será o das alianças regionais. Dirigentes do PMDB deram um ultimato anteontem aos petistas e disseram que precisam do apoio do PT a seus candidatos em cinco Estados: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Pará e Mato Grosso do Sul. Caso contrário, os peemedebistas ameaçam romper o acordo com o PT na eleição presidencial de 2010.

Na reunião a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, cobrará do PT "responsabilidade" para não pôr a perder o apoio do PMDB à sua candidatura ao Palácio do Planalto, informou o jornal O Estado de SP.

O encontro deve contar com a participação dos presidentes de diretórios estaduais do PT, deputados, senadores e o Grupo de Trabalho Eleitoral.

De acordo com O Estado, Dilma quer que pré-candidatos aos governos ou mesmo ao Senado, em Estados cobiçados pelo PMDB, passem a borracha em divergências regionais e desistam de enfrentar os peemedebistas.

Para Amarildo Cruz, o PT de MS já disse não a aliança com o PMDB. “Está definido: o PT lança candidatura própria e isso vou dizer lá em Brasília. Agora, se eles [comando nacional do PT] entenderem diferente que venham aqui e expliquem isso aos membros do partido”, é o argumento do parlamentar.