Presidente eleito para presidir o diretório nacional do PT, o ex-senador José Eduardo Dutra não insistirá na união entre petistas e o PMDB em Mato Grosso do Sul. Pelo menos foi o que ele disse ao vice-prefeito de Corumbá, Ricardo Eboli (PMDB) com quem se encontrou casualmente no Rio de Janeiro, no sábado.
O diálogo foi relatado pelo próprio Ricardo Eboli. Ele conta que argumentou que em Corumbá, por exemplo, os dois partidos são aliados tanto que ele é vice de Ruiter Cunha (PT). Mas, Dutra deixou claro que não pretende trabalhar neste sentido.
Como se sabe, a cúpula do PT nacional tem interesse em viabilizar a aliança com o PMDB no maior número possível de estados, como forma facilitar o acordo nacional em torno da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável presidenciável do PT. Porém, há locais onde a aproximação entre as duas siglas esbarra em desavenças políticas, MS é um deles.
“Ele foi incisivo, até justifiquei, que na maioria dos municípios do estado, como em Corumbá, Campo Grande e Três Lagoas, ações conjuntas entre as administrações Federal e Estadual, com apoio da Bancada de parlamentares petistas e peemedebistas têm trazido benefícios as cidades”, disse Eboli.
Conforme o vice-prefeito, Dutra destacou que a rivalidade pessoal entre o governador André Puccinelli (PMDB) e o ex-governador Zeca do PT “é histórica, impede a aliança entre os partidos”.
Eboli que ainda está no Rio de Janeiro, deve vir a Capital onde procurará o presidente estadual do PMDB Esacheu Nascimento a quem relatará o teor do encontro. “Vou dizer a ele que por tudo o que eu ouvi só nos resta procurar outras parcerias e abandonar a tentativa de aliança com o PT”, menciona.
Os petistas organizam o lançamento de Zeca do PT e rejeitam qualquer possibilidade de aliança. Mas, o governador André Puccinelli, embora já tenha desafiado o ex-governador para o confronto eleitoral, afirma que só aguarda um eventual acordo atendendo a pedido do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Dilma Rousseff.