sexta-feira, 27 de maio de 2011

Menino que extorquiu dinheiro de colega é punido por promotor (Postado por Erick Oliveira)

O promotor de Campo Grande, Sérgio Harfouche, da 27ª Vara da Infância e da Adolescência, determinou que o adolescente de 13 anos que foi flagrado extorquindo dinheiro de um colega de escola, vai ser punido com 'castigo': ele terá que cumprir tarefas na escola, como limpeza de pátios e lavar louça da merenda escolar, além de participar de curso de orientação contra bullying. A penalidade será aplicada a partir de segunda-feira (30).
O “castigo” foi aplicado no lugar de medida sócioeducativa, uma alternativa que já tem histórico em outras escolas de Campo Grande, em projeto da promotoria. “Se fosse para a Unei, ele vira bandido”, disse Harfouche. “É uma escola de marginal, institucionalizada no Brasil inteiro; infelizmente não tem perfil de educação”, referindo-se à Unidade Educacional de Internação.
Harfouche resolveu aplicar este tipo de penalidade o pois o garoto não tinha qualquer antecedente na Justiça. Nestes três meses de penalidade, caso seja flagrado em outra situação irregular, irá responder pelo ato infracional da extorsão, sendo punido com internação na Unei. "Estou dando a oportunidade para que ele mostre se é indisciplinado ou infrator".
Além da punição, a mãe do garoto terá que entregar R$ 500,00 à vítima, montante médio calculado que o garoto, também de 13 anos, teria pago para evitar ser agredido na escola. Nenhum dos garotos estuda mais na instituição em que o caso aconteceu, mas a punição será cumprida lá, como forma de alerta as outros estudantes.
A Polícia Civil investiga outros dois adolescentes que também estariam extorquindo dinheiro do menino. Na próxima semana, Harfouche irá conversar com o garoto que foi vítima de bullying, para acompanhamento.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Mulher é suspeita de abusar de garoto de 13 anos no interior de MS (Postado por Erick Oliveira)

Uma mulher de 25 anos foi presa suspeita de abusar sexualmente de adolescente de 13 anos, filho de sua vizinha, na cidade de Rio Verde do Mato Grosso (MS), distante 208 quilômetros de Campo Grande. A prisão aconteceu nesta quinta-feira (12) depois que a mãe da vítima procurou o Conselho Tutelar e fez a denúncia na Polícia Civil.
O delegado de Rio Verde, Eder Oliveira Moraes, afirma que o caso é atípico e surpreendeu a polícia. “Essa é a primeira vez que investigamos um caso de abuso sexual em que que a suspeita é uma mulher”, conta o delegado.
As investigações da Polícia Civil apontam que a mulher vinha mantendo relações sexuais com o garoto desde o fim do ano passado. Segundo o delegado, elas são “vizinhas de muro e já se conheciam há bastante tempo”.
No depoimento à Polícia Civil, a mãe do menino contou que ele costumava limpar o quintal da mulher em troca de dinheiro. Ela começou a desconfiar de que havia algo errado, quando o menino passou a frequentar demais a casa da vizinha. A mãe pressionou o menino e ele acabou contando sobre os abusos.
Depois que descobriu, a mãe procurou a vizinha para conversar, mas não quis fazer a denúncia porque ficou com medo de que algo acontecesse com o menino. “A suspeita é casada e tem até um filhinho de 2 anos. A mãe ficou com medo da reação do marido dela”, explica o delegado”.
No entanto, a mulher passou a perseguir o menino e chegou a procurá-lo por duas vezes na escola estadual em que ele estuda.
Bilhetes
No inquérito que investiga o caso há ainda diversos bilhetes que ela teria mandado para o menino. Um deles dizia “ se você quiser me encontrar, eu estou na casa da minha avó. É só você pular o muro quando estiver indo para a catequese”.
Segundo o delegado, a mulher negou que tenha mantido relações sexuais com a vítima e afirmou que apenas “trocou alguns beijos” com o garoto.
A mulher está presa na delegacia da Polícia Civil e o inquérito já foi encaminhado para o Fórum da cidade. Ela poderá responder ao crime de estupro de vulnerável.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Proprietária de fazenda no Pantanal em MS é multada em R$ 105 mil (Postado por Erick Oliveira)

A proprietária da fazenda pantaneira, onde foram apreendidos armamentos, munições, peles e galhadas de animais silvestres durante a operação Jaguar II, na última quinta-feira (5), será multada em R$ 105 mil. O valor foi definido pelo escritório regional do Instituto Brasileiro Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) nesta manhã (9).

A apreensão foi feita na Fazenda Santa Sofia, localizada no município de Aquidauana (MS), distante 130 quilômetros de Campo Grande.
O valor foi baseado no laudo pericial da Embrapa Pantanal feito nos dois crânios de onça que também foram apreendidos na fazenda. Os técnicos encontraram resíduo de tecido nos crânios, o que comprova que o abate é mais recente do que foi alegado pela produtora, que o material tem mais de 100 anos.
As 16 galhadas de cervos do Pantanal e a pele de uma sucuri de 3,5 metros encontrados na propriedade também foram objetos da multa por parte do Ibama.
Segundo informações do órgão, os valores das multas foram aplicadas em dobro por se tratar de abate de animais silvestres para fins turísticos. Outro agravante que elevou o valor é o fato da fazenda Santa Sofia ser uma unidade de preservação ambiental.
O armamento e a munição encontrados na fazenda durante a operação pela fazem parte do inquérito da Polícia Federal.
A operação Jaguar II, feita pela Polícia Federal em conjunto com o Ibama, foi deflagrada após um vídeo feito durante uma das caçadas que foi enviado anonimamente por um brasileiro, que mora nos Estados Unidos. As imagens também fazem parte do inquérito policial.
Investigações
O delegado da Polícia Federal de Corumbá (MS), Alexandre do Nascimento, informou que as investigações da caça clandestina de onças no pantanal de Mato Grosso do Sul continuam, mas até o momento ninguém foi indiciado.
“Precisamos juntar mais elementos de provas antes de chamarmos os envolvidos para serem ouvidos”, explica o delegado.
Nascimento informou ainda que dentro de 30 dias o inquérito estará terminado. Durante o prazo, todos os envolvidos serão indiciados e ouvidos pela PF. Depois de concluído o inquérito investigo, o Ministério Público poderá fazer a denúncia e as acusações.
O advogado René Siufi, que representa a produtora, disse que vai aguardar a intimação da multa aplicada pelo Ibama para fazer a contestação. “Este valor é um absurdo”, disse ao G1. Siufi acrescentou que irá apresentar documentos que comprovam que as armas são registradas e irá pedir informações para saber como foi feito o laudo.